TPM - nem tudo é perfeito 6b21x
Além da alteração de humor, vista pela ansiedade e irritabilidade em diferentes graus de severidade, há ainda os sintomas físicos, como cólicas, retenção de líquido, dores de cabeça e insônia 5s2l6b
Eu costumo dizer que a mulher é um ser perfeito: pensa, empodera-se quando é preciso, recua quando necessário, confessa seus medos e age nos momentos certos. Tem a seu dispor a razão e a emoção e elabora bem as alternativas a seguir na vida. Sabe ser filha e mãe, muitas vezes ao mesmo tempo.
É claro que como tudo na vida, há exceções, mas a grande maioria mantém-se no caminho da perfeição. Todavia, como que para descompensar o lado bom, vem a parte ruim da história feminina, com o sofrimento que a persegue ao longo da vida. Sua rede hormonal que é tão importante para seu prazer e beleza interior e exterior, também lhe traz dissabores.

Ainda bem jovem, no início da adolescência, iniciam-se as cólicas menstruais de frequência mensal, algumas com tantos sintomas físicos e emocionais, que são conhecidas como síndromes pré-menstruais.
As mudanças hormonais as fazem sofrer nos períodos gestacionais e mais ainda no puerpério. Como se não bastasse, por volta dos 50 anos, inicia-se o climatério, que culmina com a menopausa. Durante todo o climatério e na pós-menopausa os sintomas físicos e mentais podem se fazer presentes.
Da adolescência à terceira idade, a mulher sofre as mudanças hormonais mais do que o homem, como se ela precisasse ser posta à prova por toda a vida, como se isso fosse a condição para vir ao mundo dotada de tanta perfeição. Algumas sofrem mais, outras sofrem menos e poucas, as mais privilegiadas, não sofrem nada ou quase nada.
Observadas tais considerações, é sobre a síndrome pré-menstrual ou, como é mais conhecida, a tensão pré-menstrual, que vamos tecer alguns comentários. A tensão pré-menstrual (TPM) ou síndrome pré-menstrual (SPM), trata-se de um quadro caracterizado por mudança de humor nos dias, geralmente sete a dez dias, que antecedem o início da menstruação. É algo que traz sofrimento à própria mulher e àqueles que fazem parte do seu convívio.
Além da alteração de humor, vista pela ansiedade e irritabilidade em diferentes graus de severidade, há ainda os sintomas físicos, como cólicas, retenção de líquido, dores de cabeça e insônia.
Algumas vezes tudo é muito intenso, chegando a causar prejuízos à vida familiar, social e amorosa, e até incapacidade temporária para atividades acadêmicas e profissionais, tal a gravidade dos sintomas.
Quando alcança essa gravidade maior, a ao patamar de um quadro psiquiátrico, chamado de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM). Este ocorre em 5% das mulheres acometidas de tensão pré-menstrual e se faz acompanhar de sintomas depressivos, que acontecem de forma cíclica, uma vez por mês, no período que antecede a menstruação.
Nos casos de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), há necessidade de tratamento médico (ginecológico e psiquiátrico) para aliviar os sintomas físicos e psíquicos. A atividade física e uma alimentação balanceada também são muito importantes para o alívio dos sintomas.
Fora isso – a menarca, a gravidez, o puerpério e a menopausa, quando sintomáticos – somente a certeza de que sofrimento nenhum subtrai a perfeição da essência feminina.