Secretário de Saúde defende estudo antes de construir hospitais em MS 613vn

Segundo ele, uma melhor análise de custo e efetividade pode evitar que grandes investimentos sejam feitos em locais com pouca demanda 4ug6i

Depois que o Hospital Beneficente Dona Elmíria Silvério Barbosa, conhecido como Centro de Parto Normal, foi fechado em Sidrolândia – município a 57 quilômetros de Campo Grande – o secretário de estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, Maurício Simões Corrêa, defendeu uma melhor análise de “custo e efetividade” antes da instalação de novas unidades especializadas.

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Portas fechadas do Centro de Parto Normal, em Sidrolândia. (Foto: Valter Osmar)

Em entrevista ao Bom Dia MS, o secretário comentou que já havia sido avisado da situação dias atrás e que apesar da intenção da istração ao criar o hospital no município ser excelente, é necessário que projetos como esse sejam desenvolvidos em conjunto, para que atendem de maneira efetiva a necessidade da população.

“Acontece que todo o Centro de Parto Normal precisa de uma retaguarda, pois nem todo caso em que o paciente indica evoluir para um parto normal, sem complicação, é verdade. Ou seja, você tem um percentual de paciente que ao longo do trabalho de parto vai fugir do controle dos profissionais de saúde e haverá necessidade de um centro especializada para uma gravidez de risco que se demostrou de maneira súbita e o hospital de Sidrolândia não tem essa estrutura”.

Segundo o município, o custo da equipe obstétrica necessária para disponibilizar o serviço de emergência é de aproximadamente R$ 350 mil por mês.

“Essa estrutura de pessoal é cara de ter para dar e a uma maternidade que não tem movimento que justifique isso”, reforçou o secretário. Conforme apurado pela reportagem, a unidade realizava de 20 a 30 partos humanizados por mês.

“Esses projetos antes de serem desenvolvido, precisam ser discutidos em um âmbito de regionalização, onde a gente fizesse a análise de custo e efetividade. Caso contrário, você vai ter centros extremamente especializada, extremamente caros, mas com uma demanda pequena que não justifica aquele investimento”.

Como exemplo, o secretário afirmou que Sidrolândia fica a apenas 60 quilômetros de Campo Grande, que apesar de também precisar de uma ampliação dos atendimento, consegue atender a demanda de partos. Já outros municípios, como Sonora, ficam distante e sem hospitais especializados perto.

O Centro de Parto Normal de Sidrolândia foi fechado por uma ordem judicial, justamente por não ter a equipe obstétrica para o caso de cesárias de emergência. O fechamento faz com que a população do município não tenha mais partos realizados na cidade, tanto normais como cesárias.

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Regionalização da saúde p452w

Durante a entrevista o secretário também revelou que na sexta-feira, dia 28 de abril, visitou as obras do Hospital Regional de Dourado. A construção está 85% concluída e deve fazer com que a cidade se transforme em referência nos atendimentos aos pacientes da região sul do estado.

Apesar disso, Maurício Simões defendeu que essa não é a unidade medida para melhorar o socorro ao sul-mato-grossense. “Porque embora a obra esteja adiantada, eu entendo que não basta apenas inaugurar mais hospitais. Precisamos ajustar a regulação da rede, seja de Dourados ou todo o Estado”. Na prática, o secretário defende uma melhor divisão de pacientes entre as unidades.

“Hoje temos 67 hospitais que atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde), alguns lotados e outros com 20% dos leitos ocupados. A regionalização deve ser vista como um trabalho a ser executado de boa regulação desses leitos disponíveis”, defendeu.

Para conseguir isso, conta o secretário, o pedido é que os municípios preencham o banco de dados do estado com o número de vagas diariamente. “Venho pedindo aos municípios que alimentem nosso sistema de regulação para que a gente possa, a partir dai, fazer a boa gestão dos leitos hospitalares”.

Além disso, Maurício lembrou dos esforços estaduais e municipais para aumentar o número de vacinados em Mato Grosso do Sul. Para ele, notícias falsas sobre as vacinas são as principais esposáveis pela diminuição drástica nas campanhas, por isso, a estratégia é levar os pontos de vacinação até as pessoas.

“Estamos intensificando junto aos municípios, que são os responsáveis direto pela vacinação, com a ampliação do horário de vacinação, a busca ativa, a ia dos profissionais aos grandes centros de movimentação de pessoas, para facilitar ao máximo o o da população a vacinação”.

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