Saúde divulga alerta sobre hepatite de origem desconhecida a todos os município de MS 6k4w5d

O CIEVS-MS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) e a Gerência Técnica de Influenza e Doenças Respiratórias do Estado divulgou um comunicado para alertar todos os 79 municípios sobre como identificar, investigar e comunicar de forma imediata casos de hepatite aguda grave de origem desconhecida. 

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Em Mato Grosso do Sul, são 3 casos da doença em investigação: uma adolescente de 14 anos, que está em tratamento com sintomas da doença, internada no Hospital Regional, informado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde); e uma adolescente, de 16 anos, de Ponta Porã, confirmado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde). O terceiro caso aparece nos dados do Ministério da Saúde, mas ainda não há detalhamento.

Conforme apresenta o comunicado emitido para o território estadual, a identificação, investigação e comunicação de casos da doença devem se enquadrar nas seguintes classificações:

1-Definição de caso provável 4t2t57

• Provável:

a) Crianças/adolescentes menores de 17 anos, com quadro de hepatite aguda* (não hepA-E**) caracterizada pelo aumento de transaminase sérica, aspartato transaminase (AST) e/ou alanina transaminase (ALT) > 500 UI/L (AST e/ou ALT) diagnosticadas a partir do dia 20 de abril de 2022; 

b) Crianças/adolescentes menores de 17 anos com quadro de hepatite aguda* (não hepA-E**) que evoluiu para hepatite fulminante** sem etiologia conhecida e necessidade de transplante de fígado no período de 01 de outubro de 2021 a 20 de abril de 2022; 

• Contato de caso provável

a) Indivíduo com hepatite aguda* (não hepA-E**) de qualquer idade que seja um contato próximo de um outro caso suspeito desde 20 de abril de 2022;

2-Notificação de Caso Provável 9576u

A notificação imediata de caso provável de hepatite aguda de etiologia desconhecida deve seguir a definição de caso, ou seja, idade entre 01 a 16 anos E alterações do TGO e/ou TGP > 500 UI/L E resultados negativos para hepatites A-E. Neste caso, devem ser notificados de forma imediata, em até 24 horas, por se tratarem de eventos de saúde pública conforme disposto na Portaria nº 420, de 02 de março de 2022.

A notificação de evento de saúde desconhecido deve ser realizada imediatamente por todos os profissionais de saúde, públicos ou privados, conforme Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975, e conforme Nota Técnica nº 13/2022, por meio dos canais de comunicação do Ministério da Saúde, disponíveis 24 horas por dia: 

a) Formulário de notificação (clique aqui para ar): Deverá ser sinalizado no formulário a seguinte situação: 

• Na opção 01 -situação que será notificada: Caso ou óbito suspeito de doença ou agravo de causa desconhecida; 
• Opção 2 – Informe o evento a ser notificado: Caso provável de hepatite aguda grave de etiologia desconhecida; 
• Na opção de descrição do evento: descrever as informações de dados epidemiológicos (idade, sexo, comorbidades, situação vacinal, por exemplo, covid-19 (se elegível), Febre Amarela, influenza), etiologia, apresentação clínica, gravidade (por exemplo, internado, transplante de fígado) e fatores de risco relacionados à doença (por exemplo, uso de paracetamol e/ou antinflamatórios) e identificar qualquer relação entre infecção por adenovírus ou outros fatores e hepatite.

O prontuário e resultados laboratoriais, sempre que disponíveis, devem ser enviados pelo e-mail: [email protected]. Após o preenchimento do formulário, encaminhar a cópia ao Plantão CIEVS-Mato Grosso do Sul.

a) E-mail: [email protected]; 

b) Telefone: (067) 98477-3435; 

3-Investigação de Caso Provável

A investigação de eventos de saúde pública relacionados a hepatite aguda de etiologia desconhecida, que atendam a definição de caso, conforme item 1, deverá seguir o fluxograma:

a) Coletar as amostras de sangue, swab nasofaríngeo, urina, fezes ou swab retal, conforme Quadro 1;

b) As orientações de coleta, armazenamento, conservação e transporte das amostras (Quadro 1 e 2);

c) Para a definição de caso deverão ser coletadas as amostras de sangue, swab nasofaríngeo e fezes ou swab retal, conforme Quadro 1;

d) As amostras clínicas deverão ser encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN/MS), acompanhados do Formulário de Notificação; 

e) As amostras com volume inferior ao preconizado deverão ser enviadas para o Laboratório de Referência pelo LACEN para que sejam realizadas as pesquisas para todos os agentes etiológicos;

f) Qualquer agente etiológico identificado deve ser encaminhado para sequenciamento genético pelo LACEN ao Laboratório de Referência; 

Sintomas 364pj

O alerta também explica os sinais e sintomas de hepatite aguda, que são: mialgia, náusea, vômito, letargia, fadiga, febre, dor abdominal, diarreia, icterícia. Em casos graves, insuficiência hepática aguda com encefalopatia. 

Além dos sinais e sintomas de hepatite fulminante, que são: insuficiência hepática aguda, caracterizada pelo surgimento de icterícia, coagulopatia e encefalopatia hepática em um intervalo de até 8 semanas. A fisiopatologia está relacionada à degeneração e à necrose maciça dos hepatócitos. O quadro neurológico progride para o coma ao longo de poucos dias após a apresentação inicial.

No comunicado, é também informado as orientações para coleta, armazenamento, conservação e transporte das amostras clínicas. Para ar o documento completo, basta clicar aqui.