Relacionamento tóxico: onde está seu amor-próprio? 3f3a63
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Quando se fala em relacionamento, as opiniões se dividem: Alguns afirmam que é algo maravilhoso; uns asseguram que é algo complicado; outros preferem não se posicionar.

O certo é que, antes de se relacionar com outra pessoa, o indivíduo precisa ter uma relação saudável consigo mesmo. Para isso há necessidade de ele desenvolver o amor-próprio, a elevação da autoestima.
Exprimo isso porque quando gostamos de nós, quando nos valorizamos, certamente também somos respeitados e valorizados, não damos oportunidade ao apedrejamento de terceiros sobre nossas cabeças.
Mas, isso não é tão fácil quanto parece. Primeiramente precisamos estar mentalmente saudáveis, pois quando nossa mente não está comandando a contento nossas emoções, certamente expomos nossas relações ao perigo.
Uma das formas de comprometer os relacionamentos é a submissão ao outro, permitindo os diversos tipos de violência em relação a nós, principalmente a violência psicológica persistente, que vai nos manter dominados, dentro de um relacionamento ruim, a cada dia mais tóxico.
Nesse caso, estamos diante de um relacionamento tóxico, que nada mais é do que um relacionamento abusivo, onde não há diálogo, tampouco liberdade de expressão. Os assuntos não são discutidos cordialmente, com serenidade, na busca de resolução de problemas, são sempre direcionados à imputação de culpa no outro. Conversas amigáveis, se existiram, ficaram no ado. A liberdade também é suprimida da vida do casal. O abusador proíbe o outro de viver suas velhas relações de amizade e até do convívio de seus familiares.
Há, também, uma minimização e até mesmo supressão do valor do outro, do que ele faz, do que ele é, o que é aceito pelo parceiro abusado, justamente por ter uma baixa autoestima, por lhe faltar amor-próprio. Tudo isso faz que a pessoa abusada termine se comportando de maneira diferente na presença e na ausência do abusador, o que é percebido por todos aqueles que com ela convivem.
O relacionamento precisa ser saudável. Para isso, há de haver equilíbrio, em vez da rivalidade presente nos relacionamentos tóxicos. As diferenças precisam ser aceitas e respeitadas. Alguém deve ceder nos diferentes momentos do casal e não pode ser sempre o mesmo a renunciar a seus interesses e quando isso acontece, algo está errado.
Para que que não se viva um relacionamento tóxico, ou seja, para que se viva um relacionamento saudável, é necessário dar um basta em qualquer manifestação de abuso. Melhor ainda é fazer isso antes que o abuso aconteça, desde que haja indícios dessa possibilidade, desde que existam sinais de que isso está prestes a ocorrer.
É certo que não há cem por cento de paz na vida de um casal, mas as discussões devem ser contidas pelo devido respeito de um ao outro. A serenidade deve retornar a fazer parte da união de um casal o mais rápido possível. As brigas existem, mas não devem ultraar o limite da urbanidade. Até aí não há nada de errado, faz parte das relações humanas. São pontos e contrapontos que muitas vezes engrandecem a união.
É importante observar ainda que o relacionamento tóxico não se restringe à vida amorosa. Pode ocorrer também nas relações entre pais e filhos, entre amigos, entre colegas, entre superiores e subordinados e em outras relações sociais.
O relacionamento tóxico, por seu lado, como o próprio nome diz, é nocivo, traz prejuízos à saúde física e mental, além de desgastar a própria relação, que pode, por isso, chegar ao fim. Quando a saúde está sendo prejudicada e o corpo pede socorro, há necessidade de ajuda profissional da medicina, da psicologia e, algumas vezes, da área jurídica.
É preciso que nos valorizemos, que tenhamos forte nosso amor-próprio, que priorizemos nossa autoestima. Enfim, é necessário que haja a valorização própria e do outro, com consideração à privacidade e individualidade nossa e do outro, para que haja, além de tudo, RESPEITO e AMOR.
27/11/2023