Prefeito diz que apenas 10 unidades de saúde enfrentam falta de médicos 91y1e
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse durante live realizada em rede social, nessa terça-feira (25), que apenas 10 unidades da saúde básica estão com falta de médicos. Segundo o gestor, é boato que 38 unidades estariam sem os profissionais.

Emanuel ressaltou que há na capital 64 unidades e que caso houvesse 38 postos sem médicos, a cidade estaria em colapso. A justificativa do prefeito é que há uma normativa do Ministério da Saúde que não permite que dois profissionais sejam contratados com a carga de 4h/dia na mesma unidade, situação de dificulta a contratação dos médicos.
“Isso causou uma fuga. Médico nenhum quer ir para atenção primária, porque ele ficava 4 horas, um de manhã e outro à tarde, e ele podia ter outro vínculo. Trabalhar mais e ganhar mais, o que é um direito. Ficando o dia inteiro, ele não vai ter outro vínculo e vai ganhar menos”, disse.
Emanuel ainda apontou que há profissionais que querem sair do quadro da atenção básica de saúde. No último seletivo, dos 134 médicos chamados, apenas 2 ou 3 aceitaram ser contratados para atenção básica, argumentou o gestor.
Em Cuiabá, cerca de 10 mil pessoas são atendidas por dia nas unidades de saúde básica.

Apesar desse quadro de dificuldades, a prefeitura estaria buscando alternativas, entre elas, a contratação de profissionais que usam pessoa jurídica para atenção primária, até a realização do concurso, previsto para o fim de janeiro de 2023.
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Outro lado 31e
Por meio de nota, o Sindimed-MT (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso), disse que mais uma vez o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, apresenta um discurso “distorcido e desprovido de lógica para justificar a sua incompetência” na gestão da SMS (Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá).
“O Sindimed lança desafios ao alcaide municipal. O primeiro é que o prefeito aponte em que setores da saúde publica ou privada de Mato Grosso os médicos da Atenção Primária ganham mais e trabalham menos do que nas equipes de saúde da família de Cuiabá. E o segundo que ele demonstre em números como vai resolver o problema “pejotizando” o trabalho médico na Atenção Primária.
O sindicato questiona a real intenção nessa insistência do prefeito da Capital mato-grossense em beneficiar as famigeradas firmas que promovem ainda mais o achatamento dos ganhos dos médicos.“, diz a nota