Saúde Mental 324e6b

Perversidade – um mal que se esconde nas sombras 195im

Sobre esses indivíduos, que tomaram o caminho adverso à lei, à ordem e à moral que vamos tecer alguns comentários; são eles os praticantes de perversidades 6w6r3n

Desde o início da civilização houve necessidade de se criar regras para desfrutar-se de um convívio sadio entre os habitantes de uma comunidade. Com a criação, desenvolvimento e atualização das regras, delinearam-se três grupos de pessoas:

O primeiro deles é formada pelos seres humanos que sempre seguem as regras, mesmo algumas vezes discordando delas. Ainda assim as toleram, sem qualquer argumentação, sem uma avaliação do que seria certo ou errado, segundo seus conceitos éticos e morais.

O segundo grupo abrange indivíduos que, simplesmente, desconfiam das regras, percebendo-as como algo feito apenas para prejudicá-los, ora obedecendo-as, ora as transgredindo.

O terceiro grupo age como se as aceitasse, vive por muito tempo a segui-las, até que um dia mostra sua verdadeira face de não aceitação, rebela-se contra elas e escancara seu verdadeiro eu. É quando os pertencentes a este grupo se excitam, prazerosamente, com o espanto de quem desconhecia este seu lado e não acreditava nessa possibilidade.

É ainda na infância que entramos em contato com o certo e o errado, com o permitido e o proibido. A educação nos diz que não podemos mentir, trair, furtar, matar e outras coisas mais. É a partir desta fase, exatamente no período inicial da nossa existência, que amos a mostrar nossa facilidade ou dificuldade em seguir ou não o que aprendemos como moralmente correto. Nosso comportamento desde essa fase já dá sinais do caminho que seguiremos, se vamos andar direito, ou seja, dentro do que é legal e moral ou desviaremos desse caminho; se vamos viver dentro da normalidade moral ou nos perverteremos à imoralidade ou à ilegalidade.

É sobre esses indivíduos, que tomaram o caminho adverso à lei, à ordem e à moral que vamos tecer alguns comentários. São eles os praticantes de perversidades, de diferentes tipos, diversos modus operandi. São os chamados perversos.

Como já disse, as perversidades são muitas, assim como muitos são os perversos e cruzamos com eles no dia a dia. Geralmente são pessoas eloquentes, sedutoras, manipuladoras e impulsivas. São indivíduos que mais percebem do que são percebidos, que conseguem sentir a carência do outro, sem desenvolver qualquer empatia em relação a ele, que entendem as necessidades dos que estão ao seu redor e se comportam como se pudessem e quisessem ajudar a resolvê-las. Comportam-se adequadamente e parecem bem-intencionados. Sorriem, olham-nos nos olhos e nos parecem confiáveis. São pessoas que mentem e enganam. Estão em toda parte, geralmente, em alto escalão da política, das instituições religiosas e outras. É difícil identificá-los por muito tempo e quando conseguimos, o estrago, comumente, já foi feito.

Divido os perversos em três categorias, de diferentes perversidades, são as personalidades antissociais, desde as menos graves até a psicopatia:

A primeira delas diz respeito a aqueles que trazem prejuízos a alguém, sorrateiramente, com invejas destrutivas, com planos maquiavélicos de danos a determinada pessoa, geralmente por meio de outras, induzidas, inocentemente ou não, a essa missão. Indivíduos assim, geralmente, possuem cargos importantes ou de chefia, causando danos a supostos amigos, superiores ou subordinados, por acharem que essas pessoas apagam seu brilho ou apenas por desejarem tomar seu lugar ou, ainda, por vingança de algo sofrido no ado, em que se acharam vítimas daquele que ora prejudicam. Conseguem responsabilizar os outros por suas falhas ou até induzir o outro ao erro.

A segunda categoria se reporta a aqueles que entram no crime propriamente dito, com falsidade ideológica, quando dizem que são o que não são de fato ou fazem algo que não lhes compete e não estão aptos a realizar, como, por exemplo, o exercício ilegal da medicina ou de qualquer outra profissão. São comuns outros delitos como, por exemplo, o estelionato, por meio de cheques sem fundo e de outras manobras de prejuízo financeiro a alguém, além de outros crimes.

A terceira categoria compõe uma menor parte — felizmente a menor parte dentro deste manancial de infeliz perversidade — que se dirige a crimes maiores, como os sexuais e outros, chegando, muitas vezes, ao homicídio, inclusive aqueles em série, com requintes de crueldade. São pessoas que fazem sofrer e sentem-se satisfeitas ao ver o sofrimento do outro. Não há qualquer remorso ou sentimento de culpa por suas maldades e, uma vez desmascarados, regozijam-se com seus atos e vangloriam-se deles. É um desvio de caráter e não uma doença. Portanto, não há nenhum tratamento, restando-lhes apenas o rigor da Lei.

Para alguns cargos, precisaríamos de avaliações psiquiátricas e psicológicas, com testes específicos de personalidade para evitar problemas futuros, mas infelizmente isso não é feito, ou apenas realizado parcialmente para poucas profissões.

Trata-se de um assunto complexo e vasto. Darei prosseguimento a ele, abordando mais detalhadamente cada uma dessas categorias nas próximas semanas.

Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Saúde Mental, e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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