Alfredo da Mota Menezes

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Indígenas, um debate necessário 2z593d

A mortalidade infantil chega a 41 por mil nascidos entre os indígenas, entre os não índios esse número cai para 19 entre mil. 1c4l1x

O caso dos indígenas Yanomamis chamou a atenção. A subnutrição, principalmente de crianças, assustou o mundo. Índio, terra, costumes, sustentabilidade, sobrevivência tem que está na pauta de discussão no país.

Yanomami
Crianças Yanomami com desnutrição severa são atendidos por equipes do Ministério da Saúde. (Foto: Condisi-YY/Divulgação).

No Brasil se tem perto de um milhão de índios. A maior parte vive em suas próprias terras. Terras indígenas no Brasil chegam a mais de 90 milhões de hectares ou 11% do território nacional.

A expectativa de vida entre os índios brasileiros é de cerca de 60 anos e de mais de 77 anos entre os não índios. A mortalidade infantil chega a 41 por mil nascidos entre os indígenas, entre os não índios esse número cai para 19 entre mil.

Se uma comunidade indígena já for aculturada, com ligações com a cultura não índia brasileira, por que não explorar pequena parcela de sua terra para sustento próprio? Por que ficar dependente eternamente do poder público?

Não se está falando que índios não aculturados, que vivem numa outra situação, possam plantar para sobreviver ou até mesmo para vender o excedente ou usar terras e costumes locais para atrair turistas.

Mas aqueles que já estão em contato com o outro Brasil, poderiam quem sabe explorar um pedaço pequeno de suas terras para saírem da situação em que estão. E, muito importante, como propõem ONGs que defendem a causa indígena, que aquela comunidade índia concorde com essa mudança.

Temos casos em Mato Grosso. Os índios Xavantes plantam arroz e outros produtos para seu sustento e até vendem o excedente. Os Parecis possuem mais de 1.3 milhões de hectares e estão plantando grãos em cerca de dez mil hectares, não somente para sua alimentação, mas para venda também. Viviam como empregados em fazendas da região, hoje são patrões deles mesmos.

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Por que os índios não exploram também suas terras com o turismo? No Peru e outros lugares da América Latina isso é uma fonte de renda. Também na Austrália e Nova Zelândia. O turismo indígena ajudaria a preservar mais ainda as terras das comunidades, pois o turista quer ver a natureza como ela é.

O caso dos EUA é conhecido. Primeiro, o homem branco de lá quase dizimam os indígenas no momento da chamada conquista do oeste. Aqueles que sobreviveram foram colocados em terras de qualidade inferior. Ruim até para plantio.

Muitas dessas tribos indígenas receberam terras em estados em que o jogo é proibido. Esses índios, de forma inteligente, pragmática e dentro da lei, pois a terra é sua e não do estado, criaram cassinos e hotéis. Atraem muitos turistas, estão ganhando dinheiro com isso.

No Brasil deveria ter um olhar um pouco diferente sobre esse assunto para aqueles índios aculturados. Estes, com e até da Funai, poderiam usar suas terras para plantar para a alimentação da comunidade ou também para vender. Ou atrair turistas para viverem seus costumes e em contato com a natureza preservada. Ganhar sua própria vida e não ficar dependente. Por que não usar o aprendizado de outros países?

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Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Alfredo da Mota Menezes , e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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