Gays sofrem com estigma, mas maioria com HIV/AIDS é heterossexual 3t4e3k

De janeiro até novembro de 2022, das 308 pessoas diagnosticadas com HIV/Aids na Capital,194 pessoas se declararam heterossexuais 2t6cq

Campo Grande tem pelo menos 5.852 pessoas convivendo com HIV/Aids. A maioria, cerca de 3.676 pessoas se declaram heterossexuais, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). O número de heterossexuais diagnosticados com a infecção, neste ano, inclusive, já é maior do que o número de homosexuais e bissexuais que contraíram a IST (Infecção Sexualmente Transmissível).

De janeiro a novembro deste ano, das 308 pessoas diagnosticadas com HIV/Aids na Capital, 194 pessoas são heterossexuais. Dados que escancaram a baixa adesão desse público aos métodos preventivos e põe por terra o estigma de que o HIV/Aids é a “doença dos gays”.

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Kit do autoteste anti-HIV que é entregue gratuitamente em casa. (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

Clínico geral do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), o médico Roberto Braz, reitera a importância de qualquer pessoa sexualmente ativa, se prevenir na hora “H”, independente da orientação sexual.

“Por muitos anos, a sociedade acreditou que as ISTs e, especialmente o HIV estava presente apenas entre gays e populações mais vulneráveis como travestis e profissionais do sexo o que não é verdade. O estigma continua, mas é importante ressaltar que todos tem que se proteger”, comenta.

A camisinha continua sendo o método de prevenção mais indicado e não exclui a necessidade de ir ao médico regularmente.

“A própria OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que uma vez no ano, independente do estado civil, da sexualidade, todas as pessoas devem se testar contra o HIV/AIDS”, salienta Roberto.

Vale ressaltar que para fazer o teste de HIV não é preciso sequer sair de casa. Através da plataforma A Hora é Agora que pode ser ada através deste link, qualquer pessoa pode solicitar para receber o autoteste anti-HIV gratuitamente em casa.

Outro método preventivo que recentemente foi ampliado para todos os públicos, incluindo heterossexuais, é a PrEP (profilaxia pré-exposição). Quem adere ao método que também é gratuito, deve tomar, diariamente, um comprimido que impede o HIV de se instalar no organismo, caso essa pessoa seja exposta ao vírus.

O medicamento não causa efeitos colaterais, também não impede o consumo de álcool e, no geral, não tem contra-indicação para quem já consume outros medicamentos.

“Até então a PrEP era indicada para gays, profissionais do sexo ou pessoas que não tem uma boa aceitação do uso do preservativo, mas há dois meses o protocolo do Ministério da Saúde foi atualizado para contemplar todo mundo”, explica. Mas Roberto ainda chama atenção para outro ponto importante. “A PrEP em nenhum momento exclui o uso da camisinha. A PrEP protege do HIV, mas não de outras ISTs”.

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Além do CTA outras seis unidades de saúde fazem a distribuição do medicamento, na Capital. São elas: 26 de Agosto, Coelho, Noroeste, José Tavares, Itamacará, Caissara, Albino Coimbra e Iracy. Basta a pessoa ir até esses locais, demonstrar o interesse em consumir o medicamento e pronto. O retorno para acompanhamento médico e exames de sangue, ocorre a cada 40 dias.

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Comprimidos da PrEP. (Foto: Arquivo)

Previna-se 4l1j24

Esta quarta-feira (1º), Dia Mundial de Combate à Aids, marca o início de  programação da Campanha de Prevenção ao HIV/Aids organizada pelo Serviço de IST/AIDS Hepatites Virais da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), tendo como foco a importância da prevenção e do diagnóstico do HIV. A temática deste ano é  “Vencendo o Preconceito I=I”.

O objetivo da campanha  é justamente sensibilizar a população sexualmente ativa, sobretudo a população jovem na faixa etária entre 15 e 49 anos para uso do preservativo, sendo esse o principal método e o mais eficaz para prevenir o aumento de novas infecções, além de ações de testagem, pré e pós aconselhamento e distribuição de material informativo. 

A estimativa é alcançar um público de 3 mil pessoas durante o mês de dezembro, a partir de um cronograma de  atividades como a realização de testes rápidos de HIV/AIDS, distribuição de materiais informativos e insumos para a população em geral com continuidade das atividades de testagem rápidas nas unidades básicas e de saúde da família mesmo após o término da campanha.

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Programação 2v1jb

 Nesta quinta-feira (01), ocorre a divulgação sobre a PrEP na UBS 26 de Agosto. A programação segue com ações extramuro a serem realizadas nos dias 03, 04, 10, 11 e 17 no Centro Comercial Popular (Camelódromo), região central de Campo Grande,  com a oferta de testes rápidos de HIV, HCV, HBV e Sífilis.

Nos dias 06 e 07 de dezembro, Campo Grande irá sediar o 1º Seminário de Integração da Rede do Cuidado da PVHA em Mato Grosso do Sul no auditório do LAC, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O evento deve contar com a participação de profissionais dos diversos setores da Sesau e de instituições parceiras.

Casos

Neste ano, até o dia 23 de novembro, 198 pessoas receberam o diagnóstico de HIV e 110 de Aids. Vale ressaltar que o HIV (Human Immunodeficiency Virus) é o vírus que provoca a AIDS, contudo, quando a pessoa é contaminada pelo vírus, mas faz o diagnóstico precoce e adota o tratamento, é possível que a infecção não evolua para a AIDS.

Por outro lado, quando o diagnóstico é tardio há risco de que, na medida em que o HIV se multiplica e destrói o organismo,o vírus vai incapacitando o sistema imunológico da pessoa, permitindo que ela desenvolva outras doenças, que são chamadas de oportunistas, dentre elas a AIDS.

Na Capital outro dado preocupante é o número de abandonos de tratamento, que é quando a pessoa fica mais de 100 dias sem retirar a medicação. No ano ado eram 663 pessoas que deixaram de fazer o tratamento, neste ano são 722 até o momento.

Em Campo Grande qualquer unidade básica pode realizar atendimento da Pessoa Vivendo com HIV/Aids (PVHA) desde que apresente os seguintes critérios: Diagnóstico novo de HIV; Contagem de linfócitos T CD4 + ACIMA de 350 cel/mm³; Ausência de comorbidades associadas à imunodeficiência.

Para o cuidado das pessoas com Aids Avançada, estes devem ser acompanhados nos Serviços de Especialidade (CEDIP-Nova Bahia, HUMAP-Hospital Dia Esterina Corsini e Centro de Testagem e Aconselhamento).

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