Em Dourados, apenas 20% do público-alvo se vacinou contra a dengue 263321
Ao todo, 150 mil pessoas são elegíveis para receber a 1ª dose do imunizante no município, mas apenas 33 mil procuraram pelo serviço yn41
A imunização em massa contra a dengue em Dourados, município a 201 quilômetros de Campo Grande, começou há dois meses e apenas 20% do público-alvo se vacinou até o momento. Em números absolutos, apenas 33 mil das 150 mil elegíveis para receber a dose foram vacinadas.

Os representantes do município estudam novas estratégias logísticas para ampliar o número de vacinados. Dourados é o primeiro do país a realizar uma imunização em massa contra a dengue.
Conforme a prefeitura, dentre as opções já adotadas para ampliar a imunização estão: vacinação em shoppings e eventos durante os fins de semana, além de mudanças nos horários dos atendimentos.
Nesta segunda-feira (4), o alto escalão do poder público do município realizou uma reunião para definir outros planos para aproximar os moradores do imunizante.
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A cooperação do município com o laboratório japonês Takeda, responsável por desenvolver a vacina Qdenga, possibilitou que a cidade garantisse as primeiras doses do imunizante para realizar a vacinação em massa.
Nos ensaios clínicos, a Qdenga mostrou ter uma eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%.
No entanto, a baixa adesão acende um alerta para a efetivação do estudo em Dourados, conforme explica o médico infectologista e pesquisador da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Julio Croda.
“Importante que a gente atinja 60% do número de 150 mil para fazer a vacinação. É uma faixa etária complicada, os adultos não comparecem nas unidades de saúde para fazer vacinação. A vacina está associada às crianças e aos idosos. Apesar dos esforços, é preciso um esforço maior!”, comentou o especialista.
A cidade precisa atingir, até maio, 60% do público-alvo com as duas doses da vacina para que a pesquisa sobre a vacinação em massa no município seja possível.
Julio Croda enfatiza que novas estratégias logísticas devem ser adotadas no município. Ele sugere, por exemplo, a ida de agentes de saúde aos domicílios.
“Temos que oferecer a vacina direto aos adultos, fazer convênio com empresas. Não existe rejeição à vacina, mas uma questão de o”, diz.