Dia Mundial de Combate à Raiva: saiba mais sobre a doença e como se prevenir 133h3o
Na próxima quarta-feira (28) é o Dia Mundial de Combate à Raiva Humana. A doença é letal em quase 100% dos casos e requer vigilância constante em termos de vacinação. De janeiro até o início de agosto de 2022, foram confirmados cinco registros de raiva humana no Brasil, e todos terminaram em morte.

Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 240 casos de 1986 a 1990. De 2010 a 2022, foram 45 notificações.
Transmissão e sintomas b681h
A doença é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio de mordias, mas pode ar também por arranhões ou lambidas em mucosas ou feridas.
O período de incubação varia entre as espécies, mas nos seres humanos a média é de 45 dias após a contaminação, podendo ser mais curto em crianças.
Após a incubação, o paciente a por um período de dois a dez dias com mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, dor de cabeça, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia.
Em seguida, a doença a para um quadro mais grave, causando ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares generalizados e convulsões. Os espasmos evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e prisão de ventre grave.
O agravamento da doença pode durar até sete dias, e o quadro terminal é antecedido por um período de alucinações, até que o paciente entre em coma e morra.
Doença letal 186g2d
A raiva raramente tem cura. Quando a profilaxia antirrábica não ocorre em tempo oportuno e a doença se instala, o protocolo de tratamento da raiva humana inclui a indução de coma profundo, o uso de antivirais e outros medicamentos específicos, mas quase 100% dos pacientes morrem. Em toda a série histórica da doença no país, somente duas pessoas sobreviveram.
Casos em 2022 325sc
Quatro deles foram em uma aldeia indígena no município de Bertópolis (MG), sendo dois adolescentes de 12 anos e duas crianças de 4 e 5 anos, e um no Distrito Federal (DF), adolescente entre 15 e 19 anos. Os casos em Minas Gerais foram transmitidos por morcego, e o caso do DF, por um gato.
Vacina eficaz 72y51
Se, por um lado, a raiva é praticamente incurável quando se instala no organismo, por outro, o protocolo pós-exposição é eficaz, gratuito e seguro. A vacina antirrábica contém o vírus morto e é capaz de salvar a vida de uma pessoa contaminada se ela buscar uma unidade de saúde nos primeiros dias depois do ferimento.
O PNPR (Programa Nacional de Profilaxia da Raiva), criado em 1973, levou a vacinação contra a doença a cães e gatos de todo o país. O trabalho levou cerca de 30 anos para conseguir fazer com que a raiva deixasse de circular entre animais das cidades, reduzindo o número de mortes.