Colapso na saúde: Campo Grande não tem vagas no pronto-atendimento pediátrico 216q53
Campo Grande não tem mais vagas no pronto-atendimento pediátrico. Só nessa terça-feira (26), eram 44 crianças internadas em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) que aguardam a abertura de vagas para serem transferidas para o hospital.

Esta superlotação tem relação com o aumento do número de doenças causadas por vírus respiratórios. Dentre as mais comuns estão infecções de vias aéreas, pneumonias, faringite e gripe.
Na Santa Casa, 136 crianças foram atendidas de janeiro até esta quarta-feira por síndromes respiratórias. No primeiro trimestre do ano ado, tinham sido apenas 10.
O hospital da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul ) informou que o número de atendimentos no Pronto Atendimento Infantil dobrou nos últimos dias.
No hospital da Unimed também houve aumento significativo do número de atendimentos desde março. Segundo eles, a demanda também está relacionada a doenças respiratórias. “A maioria destes casos é causada por vírus, com alta incidência de bronquiolite, que ocorre com maior gravidade em crianças, principalmente nas menores de dois anos”, informaram.
No Hospital Universitário, são oito vagas para pacientes pediátricos e atualmente 13 crianças estão internadas. Destas, nove por doenças respiratórias.
As 16 vagas da enfermaria do pronto atendimento infantil do Hospital Regional também estão ocupadas. Outras 15 crianças estão de maneira improvisada nos corredores.
O médico pneumologista Ronaldo Queiroz explica que as crianças são muito vulneráveis às alterações do tempo nesse outono inverno, quando o ar fica mais seco e há mudanças bruscas na temperatura.
Ainda segundo ele, com o retorno das aulas presenciais as crianças estão mais aglomeradas. A orientação é que as sintomáticas usem máscaras para evitar novos contágios.