Calendário de vacinação da monkeypox deve sair nesta semana 1tsp

O Ministério da Saúde será informado sobre a disponibilidade das primeiras vacinas contra a monkeypox, também conhecida como a varíola dos macacos, ainda esta semana. A pasta solicitou 50 mil doses do imunizante que serão destinadas aos profissionais de saúde que lidam diretamente com a doença. As informações são da Agência Brasil.

Durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (15), a representante da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, informou que a fase de tratativas com o laboratório produtor da vacina terminou, mas o calendário de entrega ainda não foi divulgado. Ela acredita que as informações serão disponibilizadas esta semana.

“Não temos como apresentar um calendário [de entrega de vacina] neste momento. Sabemos que uma parte das vacinas vai chegar em breve. Esperamos que o fornecedor nos especifique quando nós poderemos transportar a vacina para o Brasil”, disse.

A aquisição dessas vacinas deve ser feita através da Opas, uma vez que o laboratório responsável por elas fica na Dinamarca e não tem representante no Brasil. Assim, o laboratório não pode solicitar o registro do imunizante junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e caso o país queira comprá-lo, a OPAS deve intermediar a transação.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que também participou da coletiva, reforçou que as 50 mil doses solicitadas pelo Brasil, caso cheguem, irão para profissionais de saúde que lidam com materiais contaminados.

“Se essas 50 mil doses chegarem aqui no ministério amanhã, não terão o condão de mudar a história natural da situação epidemiológica em relação à varíola dos macacos. Essas vacinas, quando vierem, serão para vacinar um público muito específico”.

O ministro também não considera, até o momento, declarar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) por causa da doença. Segundo ele, a área técnica do ministério não se manifestou nesse sentido.

Queiroga reforçou que os mecanismos de vigilância em saúde já foram reforçados; pedidos de registros de testes rápidos já foram feitos junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); e outras providências podem ser tomadas fora do âmbito da Espin, caso seja necessário.

Até o momento, Estados Unidos e Austrália já decretaram emergência em seus territórios.

Os casos o2o2k

O Ministério da Saúde também divulgou dados atualizados sobre a doença. No mundo inteiro foram registrados 35.621 casos em 92 países.No Brasil, foram confirmados até o momento 2.893 casos. Além disso, existem 3.555 casos suspeitos de varíola dos macacos, com uma morte.

Queiroga também reforçou que apesar do nome, a doença não é transmitida pelos macacos e fez um apelo para a não agressão desses animais.

“A varíola dos macacos é uma zoonose e o roedor é a provável origem da zoonose. Não é o macaco. O macaco é tão vítima da doença quanto nós, que também somos primatas. Portanto, não saiam por aí matando os macacos achando que vão resolver o problema da varíola dos macacos”, finalizou.

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