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A Vida Adulta e seus Desafios 4u3r6y

Leia mais uma edição da coluna Saúde Mental 645o1m

Eis que chega a vida adulta, uma fase de grandes oportunidades, mas também de muitos desafios e responsabilidades. É aí que acontece a busca por independência financeira e emocional da família, é quando há maior envolvimento acadêmico e profissional e os relacionamentos afetivos tendem a ser mais sérios.

Vida adulta é tema da coluna Saúde Mental, nesta segunda-feira (Vídeo: Arquivo pessoal)

É na vida adulta que começamos a gerenciar melhor nossas receitas e despesas e é quando surgem preocupações mais organizadas de futuro. Muitos de nós começam a pensar em múltiplas especializações para adentrar em profissões estáveis, buscando adquirir novos conhecimentos, realizar investimentos financeiros, comprar bens e ter em mente um enriquecimento breve e aposentadoria em curto prazo de tempo. É claro que cada pessoa traz seus sonhos e objetivos que, muitas vezes, nasceram ainda na infância ou adolescência e que persistem no enunciado de suas pretensões.

Geralmente há uma preocupação maior com a saúde geral, com valorização de uma alimentação saudável e atividades físicas diárias. É aqui que os relacionamentos de amizade e amorosos se solidificam, é quando ocorrem laços conjugais com formação de novas famílias. Muitas vezes há uma inversão de cuidados em relação à fase infantil e da adolescência, uma vez que muitos adultos am a cuidar dos pais tanto no tocante à saúde, quanto financeiramente.

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A dinâmica social vem ando por grandes transformações através dos tempos, o que vem trazendo mudanças no estilo de vida das crianças, jovens e adultos. Antigamente o modo de viver adulto iniciava-se mais cedo, com independência financeira e constituição de família no início da vida adulta. Logo também vinha o desejo e muitas vezes a realização do desejo de comprar a casa própria e de fixar-se no emprego. Hoje, isso tudo ocorre mais tardiamente e frequentemente os adultos mantêm-se sob a dependência econômica dos pais até bem mais tarde. É como se o conceito de idade adulta fosse substituído pelo autointeresse e autocuidado antes de pensar em família.

Os adultos de hoje priorizam sua carreira e seu engrandecimento, pouco contribuem com as despesas familiares e aceitam facilmente a ajuda dos pais. O trabalho que era visto como obrigação para o autossustento, hoje é visto como algo sem prioridade, que pode esperar para ser iniciado mais adiante na vida. Buscam algo que traga renda sem que haja o consumo maior de seu tempo, que hoje é visto prioritariamente para um melhor estilo de vida, daí a instabilidade no emprego, com insegurança para empregados e empregadores.

O equilíbrio entre vida pessoal e profissional tornou-se um desafio constante. É como se os adultos fossem as crianças maiores da casa. Hoje a liberdade, a identidade e a busca da felicidade pessoal terminaram por possibilitar diferentes modelos de família, tanto tradicionais quanto monoparentais. A verdade é que sobre os adultos da atualidade, para muitos deles parece haver maior incerteza quanto ao valor da vida, o que gera sentimentos constantes de insatisfação.

A tecnologia criou e favoreceu a educação à distância, com diversas especializações e aquisições de diferentes e habilidades. Outro lado a ser observado é que apesar da maior rede de disponibilidade de conhecimentos, muitos adultos iniciam a vida envoltos em grandes dívidas estudantis por gastos feitos com a faculdade, o que dificulta a tão sonhada independência financeira precoce e a aquisição de bens.

Os altos níveis de estresse nessa fase da vida podem contribuir com o surgimento ou agravamento de transtornos psíquicos, como ansiedade e depressão. Isso tudo agravado pelo modo on-line da vida atual, diminuindo a socialização face a face e superficializando os relacionamentos.

Em meio a tudo isso, tira-se de positivo que a saúde mental, muito negligenciada no ado, hoje tem uma atenção consideravelmente aumentada, tanto pela maior compreensão dos problemas da mente, como pela procura de ajuda profissional e por maior valor às práticas de relaxamento e meditação. Em suma, refletir sobre o ado, sobre o conservadorismo pretérito pode ajudar o indivíduo adulto a compreender o presente e preparar-se melhor para o futuro.

Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Saúde Mental, e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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