Vereadores de Campo Grande aprovam repúdio a fala de Eduardo Bolsonaro 65m1u
Votação ocorreu nesta terça-feira (11 de julho) na Câmara de Campo Grande e a maioria reprovou a conduta do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro 4l6a3b
A Câmara de Vereadores de Campo Grande aprovou, na sessão desta terça-feira (11) uma moção de repúdio contra a fala do senador Eduardo Bolsonaro (PL-SP), na qual ele comparou professores a traficantes, durante ato pró-armas em Brasília no domingo (9 de julho).
As declarações ficaram entre os assuntos mais comentados nas redes sociais nos últimos dias e provocaram revolta da classe e inúmeras manifestações de congressistas.

“Se nós, por exemplo, tivermos uma geração em que os pais prestem atenção na educação dos filhos. Tirem um tempo para ver o que eles estão aprendendo nas escolas. Não vai ter espaço para professor doutrinador tentar sequestrar as nossas crianças”, começou Eduardo Bolsonaro sobre o tema.
Eduardo Bolsonaro
“Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando opressão em todo o tipo de relação”, continuou.
A moção de repúdio 293k4t
Proposta pela vereadora Luiza Ribeiro (PT), a moção de repúdio gerou debate entre os vereadores. Na hora da votação, foi aprovada por 18 a 7. Quatro vereadores não se manifestaram.
“A fala em questão é um convite para que os ouvintes ajam contra os professores, para que os impeçam de lecionar conteúdos que não sejam aceitos pela sua visão de mundo. Importante contextualizar que a fala foi feita em um evento pró-armas de fogo em um momento do país com recorrentes ataques violentos às escolas e aos professores”, declarou a vereadora ao defender a aprovação da medida, citando trecho da moção sugerida.

Dos 29 parlamentares, 22 votaram o tema. Dezoito foram favoráveis e quatro contrários. Os contrários são Gilmar da Cruz, Papy, Clodoilson e Loester Nunes.
Loester disse na declaração de voto que tem por norma não votar em moções de repúdio, “contra ninguém”.
Segundo o trâmite da Câmara, o texto fica na ata da sessão e é encaminhado para o destinatário, no caso o deputado federal por São Paulo Eduardo Bolsonaro (PL).