Situação financeira da Cassems motiva criação de comissão na Alems 135s63
No plenário do Legislativo sul-mato-grossense, servidores públicos estaduais fizeram protesto reclamando de contribuição extra mensal criada pela Cassems 343w63
Deputados estaduais se reuniram, nesta quinta-feira (3), com o presidente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul), Ricardo Ayache. A situação financeira da associação foi tema do encontro e motivou a abertura de uma comissão na Alems (Assembleia Legislativa). No plenário, servidores estaduais fizeram protesto.

A principal reclamação é a criação da contribuição fixa mensal, no valor de R$ 45 por beneficiário da Cassems (titular + dependentes) e que é limitada a R$ 180 por grupo familiar natural. Essa taxa não abrange os agregados, que também contribuirão com o valor individual. Aprovada em assembleia geral, a contribuição é além da coparticipação e deve ser descontada do salário dos servidores estaduais a partir do próximo mês.
Na reunião realizada na sala da presidência da Alems, Ayache apresentou um balanço financeiro da Cassems dos últimos cinco anos e respondeu a perguntas dos parlamentares.
“Nosso balanço é auditado e os números são transparentes e publicados em Diário Oficial. Temos um ivo de R$ 150 milhões, que corresponde a 15% do patrimônio total. Temos em caixa R$ 90 milhões. Portanto, temos um desequilíbrio de R$ 60 milhões, consequência dos investimentos realizados no combate à pandemia, que foram em torno de R$ 290 milhões. Temos resultados de trabalho, de investimentos e de estruturas. Enfrentamos os desafios da saúde de qualquer gestor, tanto público quanto privado. Temos hoje uma grande capacidade de avançar dentro do nosso sistema de saúde, buscando, claro, o equilíbrio financeiro”, informou Ayache.
O presidente da Alems, deputado Gerson Claro (PP), disse que a comissão formada para acompanhar a situação deve ter de três a cinco deputados. A primeira reunião está prevista para ocorrer, no máximo, até terça-feira (8).
“Formamos uma comissão, que estará discutindo a possibilidade de redução ou de contribuição, o que for melhor para atender essa necessidade temporária da instituição. Reconhecemos o papel da Cassems, que entrega um plano de saúde referência no Brasil”, destacou Claro.
Uma das saídas seria algum tipo de abono saúde ou alterações da contribuição patronal paga pelo governo para a Cassems. O Executivo também deve participar das discussões na comissão.