Secretário diz que medicamentos vencidos de Cuiabá estão em processo de descarte 1f6e6z
Foram 5 milhões de medicamentos encontrados em fiscalização do Ministério Público com o CRF (Conselho Regional de Farmácia). 4k5s18
O secretário de Saúde de Cuiabá, Guilherme Salomão, disse que já está providenciando o descarte dos medicamentos vencidos que estão armazenados em um galpão da Secretaria Municipal de Gestão. Ele destacou que devido à I dos Medicamentos, em andamento na Câmara Municipal, foi necessário manter os itens, que somam 5 milhões de medicamentos, encontrados em fiscalização do Ministério Público com o CRF (Conselho Regional de Farmácia).

O secretário foi entrevistado, ao vivo, no MT1, da TV Centro América, neste sábado (18).
De acordo com ele, não é novidade o que foi encontrado pela vistoria. Os medicamentos venceram em 2019 e 2020 e já foram alvo de investigação da I, além do TCE (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso) e da Controladoria do Município para apurar as responsabilidades sobre o vencimento dos produtos e criar um plano de ação para o devido descarte.
Quanto ao local do armazenamento, o secretário comentou que o CDMIC (Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos) e o armazém da Secretaria de Gestão estão instalados no mesmo local, ficando o primeiro reservado apenas para a distribuição de medicamentos à rede pública municipal.
“Como esses medicamentos não seriam utilizados, nós só os realocamos para o prédio da Gestão, que fica ali ao lado, para armazenar enquanto não há o descarte”, disse.
Já sobre os insumos no local, o secretário disse que foram adquiridos pela Prefeitura de Cuiabá para serem usados na UPA Leblon, que será inaugurada nas próximas semanas.
5 milhões de medicamentos 294q2r
A fiscalização do MPE e do CRM foi realizada depois de denúncia anônima que informou que os remédios vencidos estavam sendo levados de um local para outro com o suposto objetivo de enganar os órgaos de investigação.
No local, os fiscais do CRF foram informados que parte dos medicamentos vencidos havia sido identificada pela I dos Medicamentos na Câmara Municipal de Cuiabá. Segundo o documento, não há um Plano de Gerenciamento de Resíduos no Serviço de Saúde (PGRSS) implantado no município para dar a destinação correta os medicamentos vencidos.
“Os produtos, mesmo vencidos, não estão armazenados da forma correta, pois, em sua maioria, trata-se de produtos químicos, ou seja, poluentes. Há inúmeras caixas, assim como produtos fora das mesmas, caídos diretamente no chão do local. Assim como há caixas em pallets, porém, apresentando umidade, ou seja, vazamento do produto em seu interior, pois também foi observado que o empilhamento não respeita as especificações dos fabricantes (informada na própria caixa) e há vários tipos de caixas empilhadas umas sobre as outras. Em relação ao o do local, o mesmo se encontrava fechado com o uso de cadeado”, diz trecho do relatório.
Segundo a fiscalização, a Prefeitura de Cuiabá deixou vencer lotes com 2.177.770 comprimidos de Paracetamol, 31.850 unidades de Nistatina, vencidas em 30 e 31 de julho de 2020, além de 83.774 frascos de Dipirona, vencidos em 30 de novembro de 2020, já durante a pandemia da Covid-19, entre outros remédios.
Intervenção na Saúde 4c4eh
A Prefeitura de Cuiabá é alvo de um pedido do Ministério Público para que ocorra uma intervenção na Saúde de Cuiabá. O caso está na pauta de julgamento do dia 23 de fevereiro, em sessão extraordinária.
Se acatado, a intervenção do Governo do Estado na saúde do município será retomada. Em dezembro, a Justiça havia acatado o pedido do Ministério Público e determinado a intervenção. No entanto, a decisão foi derrubada em 6 de fevereiro pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), após recurso da Prefeitura de Cuiabá.