Posse de suplente de Amarildo Cruz na Alems não é imediata; entenda

Só depois que Assembleia Legislativa de MS receber atestado de óbito de Amarildo Cruz é que a suplente Gleice Jane (PT) poderá ser convocada para posse

A posse da professora Gleice Jane (PT) como deputada estadual na vaga de Amarildo Cruz (PT), que faleceu na última sexta-feira (17), não será imediata. Durante a sessão desta terça-feira (21), o presidente da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), deputado Gerson Claro (PP), explicou como será esse processo.

Professora Gleice Jane (PT) vai assumir como deputada estadual na Alems na vaga de Amarildo Cruz (PT) (Foto: Reprodução/Redes sociais)
Professora Gleice Jane (PT) (Foto: Reprodução/Redes sociais)

“Ainda vivemos nosso luto, encerrou-se ontem os três dias, mas a gente ainda vive um ambiente de luto do falecimento do deputado Amarildo Cruz. O artigo 80 do Regimento Interno trata de vacância no caso de morte ou renúncia. Eu cheguei a explicar pra algumas pessoas ontem que a declaração do falecimento acontece com o atestado de óbito. Sequer o atestado de óbito teria sido juntado na Secretaria desta Casa. A gente, pra fazer qualquer convocação, primeiro procedimento é ter o atestado de óbito, declaração de vacância e aí sim a convocação”, declarou.

“Deputado suplente convocado tem 30 dias pra tomar posse, podendo solicitar mais 15 dias ainda a ser deferido pela Mesa. Portanto, assim que for juntado o atestado de óbito, essa Mesa Diretora providenciará a declaração de vacância e convocação do suplente, conforme lista do Tribunal Regional Eleitoral, e cumprirá o que está determinado no Regimento Interno”, completou Gerson Claro.

Nas eleições de 2022, Gleice Jane (PT) obteve 9.767 votos e ficou como primeira suplente da Federação Brasil da Esperança (PT/PC do B/PV).

Em tratamento da Síndrome de Guillan Barré, Gleice Jane não deve assumir a cadeira de deputada estadual imediatamente após a convocação da Alems e deve usar o prazo regimental, que pode chegar a 45 dias.

“Há poucas semanas ela divulgou em suas redes sociais que estava em tratamento da Síndrome de Guillan Barré. Uma síndrome que acomete o sistema imunológico. Gleice Jane esteve internada e já recebeu alta, apresentando um excelente quadro de melhora médica. Todavia, segue em recuperação por orientação médica – , e deve se dedicar a isto pelos próximos dias”, informou a assessoria da petista em nota enviada ao Primeira Página.

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“Gleice Jane planeja, para assim que for convocada, um mandato feminista e antirracista, que priorizará o diálogo e a escuta, que seja democrático e voltado para as pautas que vem defendendo nas últimas duas décadas: mulheres, população LGBTQIA+, educação e meio ambiente com atenção aos povos indígenas e povos e comunidades tradicionais de Mato Grosso do Sul”, finalizou a nota.

Natural de São Bernardo do Campo (SP), Gleice Jane cresceu em Dourados e é atuante na política desde o movimento estudantil. Filiada ao PT desde 2004, foi presidente do Simted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) de Dourados.

A professora é especialista em Educação e Inclusão pela UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e será a terceira mulher a integrar a 12ª Legislatura, ao lado de Mara Caseiro (PSDB) e Lia Nogueira (PSDB).

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