Os primeiros meses de governo Eduardo Riedel em fatos e análises 384n1d

Governo lança nesta segunda-feira compromissos para o primeiro ano de gestão do tucano 6z2jw

O mandato de Eduardo Riedel (PSDB) como governador de Mato Grosso do Sul caminha para o quarto mês, sem grandes sobressaltos. Nem negativos, nem positivos. De lá para cá, ele fez rees para obras, determinou a atualização do piso salarial dos profissionais do magistério, anunciou plano de ação para garantir a segurança nas escolas do Estados, além de anunciar a reposição salarial dos servidores, na ordem de 5%.

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Eduardo Riedel discursa durante a feira agropecuária Expogrande. (Foto: Divulgação)

O mais próximo que esteve de crises envolveu o ambiente de proteção às crianças e o ambiente conflituoso entre donos de terras e indígenas. Enfrentou, também, os reflexos de um crime que provocou comoção na sociedade, a morte brutal de uma menina com histórico de atendimento na rede de segurança pública.

Foi evidente a mudança estética no governo, que era visto por muitos como um terceiro mandato de Reinaldo Azambuja (PSDB), padrinho político de Riedel. A logomarca da istração estadual mudou e a dinâmica de comunicação também, com um inclinação de atuar rapidamente para evitar crises e responder o mais rápido possível riscos nesse sentido.

De outro ângulo, o dos quadros escolhidos para tocar istração estadual, há nomes reaproveitados do governo Azambuja, como por exemplo Jaime Verruck, comandante da área de desenvolvimento, e também novidades de partidos antes antagônicos ao tucanato. Exemplo disso é o ex-candidato PSOL, Adonis Marcos, nomeado para um cargo no dia 12, contrariando inclusive a legenda.

“A gestão do governador Eduardo Riedel trabalha em prol de Mato Grosso do Sul e defende o desenvolvimento e o crescimento econômico de toda sociedade. Acima das questões ideológicas e partidárias está a agenda de desenvolvimento que defendemos para o Estado e para o país”, posicionou-se a istração estadual a respeito desse tema, incluindo uma convivência pacífica com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fatos v4c4o

Em seu plano de governo, Riedel informou que pretendia fortalecer as práticas esportivas locais. Em uma de suas primeiras ações, fez o ree de R$ 1 milhão para realização do Campeonato Sul-mato-grossense de Futebol.

Em se tratando de infraestrutura, o governador sempre manifestou intenção de priorizar os investimentos em obras que facilitem o escoamento da produção.

Nesse contexto, determinou ree de R$ 18 milhões para obras de o ao distrito de Albuquerque em Corumbá, pelas rodovias-432/MS-433. Também assinou ordem de serviço para pavimentação asfáltica na MS-338 e o contrato de concessão da MS-112 e trechos das rodovias federais BR-158 e BR-436.

A plataforma de governo de Riedel previa a implantação do programa Rede de Conexão Produtiva visando a melhoria das pistas e estruturas de aeroportos e também a elaboração do plano estadual de ciclovias. Algumas obras estão sendo realizadas em aeroportos, mas em relação a ciclovias não há muitos avanços.

Nos primeiros três meses, o governador também garantiu a liberação de um pacote de R$ 13 milhões para ações de enfrentamento de doenças como dengue, zika e chikungunya; fez o ree de R$ 3,5 milhões para retomada dos atendimentos no Hospital do Câncer; liberou R$ 300 milhões para conclusão de reformas em escolas e assinou um convênio de R$ 3 milhões para incentivar pesquisas feitas por mulheres.

Governo lança nesta segunda-feira compromissos para o primeiro ano de gestão do tucano
Eduardo Riedel em visita ao Bioparque Pantanal. (Foto: Divulgação)

O que o governo fez, nas palavras do governo 481o5j

Sobre o tema educação, nas palavras do governo, existe um esforço coordenado das equipes da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e da SED (Secretaria de Estado de Educação) para assegurar ambiente de paz nas comunidades, diante do clima de tensão provocado por ataques a escolas, com mortes.

“Em abril foi criado o gabinete de gestão de incidentes no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) que envolve a Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Guarda Civil Metropolitana, além de representantes do programa “Escola Segura, Família Forte”, Semed (Secretaria Municipal de Educação), Conselhos Tutelares e da rede particular de ensino”, informa o comunicado sobre os primeiros cem dias.

“Outra frente de atuação é o NISE (Núcleo de Inteligência de Segurança Escolar), que funciona no COSI (Centro de Operações de Segurança Integrado), responsável pelo videomonitoramento de 245 escolas da REE – que tem 348 unidades em MS, com mais de 185 mil alunos. A previsão é que este monitoramento chegue a 298 escolas até o final de abril. Todas as ações de segurança desenvolvidas contemplam Campo Grande e o interior, com apoio das forças de segurança locais, em cada município”, completa o texto. 

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Centro de Monitoramento das escolas que já tem câmeras instaladas. (Foto: Bruno Rezende)

Conflito por terras tidas como ancestrais 67163

Outro momento que mais se aproximou de uma crise nos primeiros cem dias de governo de Eduardo Riedel veio do conflito histórico por terras em Mato Grosso do Sul, com a ocupação de áreas e despejo de indígenas, além de prisões, sob denúncia de violência policial.

“A atual gestão reconhece e respeita a comunidade indígena de Mato Grosso do Sul, a segunda maior do país, com aproximadamente 80 mil indígenas, alvos de importantes ações implementados no sentido de valorizar os povos indígenas no Estado”, pontua o governo Riedel.

“No fim de fevereiro lideranças indígenas das regiões do Pantanal e Conesul participaram do 1º Encontro dos Povos Indígenas realizado pelo governo do Estado. Durante dois dias os grupos ouviram sobre os projetos já realizados e que terão continuidade, e o planejamento da atual gestão para os próximos anos. Além disso, problemas pontuais em comunidades do Estado estão sendo solucionados, como a questão do abastecimento de água em aldeias de Dourados”, relaciona o material. 

O texto lembra, ainda, que no dia 18 de março, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara esteve com o governador Eduardo Riedel “para solucionar problemas dos povos originários e avançar na construção de uma alternativa para evitar conflitos fundiários”.

De acordo com a descrição governamental, a solução que está sendo construída a pela aquisição de terras tituladas. “O Ministério do Planejamento e Orçamento, comandado por Simone Tebet, já sinalizou a intenção de destinar recursos financeiros para este fim. O Governo do Estado atua para garantir a paz no campo e o direito à propriedade”.

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A ministra Sônia Guajajara, durante visita a povo indígena de MS. (Foto: Divulgação)

O caso Sophia e as medidas para proteção as crianças 4py3g

Logo no começo do ano, e da gestão, a morte de Sophia – assassinada pelo padrasto, sob os olhos da mãe – virou comoção estadual e destaque pelo pais, depois de tomar as redes sociais, colocando em xeque a estrutura de proteção à infância. O governo trouxe promessas, ainda em fase de cumprimento, para assegurar atendimento 24 horas mesmo aos feriados e plantões, além de assegurar estrutura para escuta adequada as crianças.

Conforme a explicação fornecida, o atendimento especializado, na esfera da Polícia Civil, às crianças e adolescentes vítimas de violência ocorre por meio da DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), em Campo Grande. No interior, a Polícia Civil atua em diversas frentes para garantir o atendimento. A sala para depoimento especial, informa o governo, funciona na DEPCA e no interior há equipes treinadas, aptas a fazer a escuta especializada, como é definido o relato espontâneo da vítima – criança ou adolescente – e que serve como depoimento.

“Fez-se necessário garantir atendimento 24h – na Capital -, no período noturno, feriados e aos fins de semana, e por isso as crianças e adolescentes vítimas aram a ser atendidas, no início de março, na Casa da Mulher Brasileira, de forma provisório até a conclusão do espaço onde vai funcionar o “Plantão DEPCA”, na Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada), no Bairro Tiradentes. No local haverá toda a estrutura do atendimento da DEPCA, com escrivão, delegado, sala de depoimento especial e brinquedoteca”, informa a resposta estadual.

“O Estado ainda garantiu o início das tratativas para construção da Casa da Criança, nos moldes da Casa da Mulher Brasileira”, complementa.

A análise de deputados 23594w

A reportagem do Primeira Página entrou em contato com deputados de situação e de oposição para saber como eles avaliam esses primeiros dias da gestão Riedel.

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Gerson Claro (PP), opinou que Eduardo Riedel “começa bem o governo, tendo uma gestão “de continuidade, mas que não representa continuísmo”.

Deputado Gerson Claro
Deputado estadual Gerson Claro, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Foto: Luciana Nassar)

“Os primeiros 100 dias de qualquer gestão são um período de adaptação para os gestores conhecerem o funcionamento da máquina pública. Mesmo assim acredito que já é possível identificar como uma das marcas inovadoras de descentralização, sem que isto represente renunciar a autoridade inerente ao cargo para qual foi eleito. A estrutura istrativa que o governador implantou, dá autonomia aos secretários, mas em contrapartida, todos terão de cumprir metas e trazer resultados em suas respectivas áreas de atuação. São experiências vivenciadas por ele na iniciativa privada que certamente vão ajudar a modernizar, estabelecendo novos paradigmas de gestão pública”, declarou.

O deputado petista Pedro Kemp opina que “o governo está indo bem nesse começo”. Ele acredita que parte disso tenha relação com o fato de ele “ter pego uma situação confortável do Estado”. “Quando Azambuja assumiu precisou fazer uma série de ajustes e agora o Estado está em condições de fazer investimentos. Ele tem tocado obras de reforma de escolas, prédios públicos e asfaltamento. Nesse sentido o governo tem atuado bem”, declarou.

Kemp, no entanto, chamou atenção para alguns pontos.

“Penso que tem algumas demandas em relação aos servidores públicos, algumas demandas na questão indígena e uma questão prioritária que é a regionalização da saúde”.

Em se tratando dos servidores, o petista cita a recomposição salarial dos contratados cujos salários estão defasados em relação aos efetivos. A responsabilidade de intermediar conflitos indígenas e buscar uma solução definitiva para isso. “Apesar de ser uma questão federal, precisa olhar com mais atenção e tratar como prioridade”.

Sobre a regionalização da Saúde, fala das longas distâncias que alguns pacientes precisam percorrer para fazer tratamentos na Capital.

Criticas duras vem de quem representa partido antes base do governo estadual, o PL. João Henrique Catan (PL), tem impressão negativa sobre o começo do governo Riedel.

Ele cita aumento do preço de combustíveis, a proximidade do partido do governador com o PT e opina até no sentido de enxergar redução do poder do legislativo.

“As prioridades deste Governo nestes 100 dias limitaram-se a tornar a vida das pessoas mais difícil, concordando e promovendo aumento de impostos e tributos, diminuindo o poder de compra e qualidade de vida do sul-mato-grossense”, declarou.

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Deputado João Henrique (Foto: Luciana Nassar/ALEMS)

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Quando é indagado sobre programas para melhorar a vida da população, a visão do governo vai para bem longe do cenário descrito pelo deputado oposicionista.

Para erradicar a pobreza extrema em todo o Estado, o governo do Mato Grosso do Sul estendeu o programa Conta de Luz Zero este ano, para 153 mil famílias vulneráveis. Já o Programa ‘Mais Social’ deve beneficiar aproximadamente 90 mil famílias. Nossa agenda de desenvolvimento incluir criar oportunidade e trazer prosperidade ao Estado. Nesta segunda-feira (24) um novo programa social será lançado durante no evento “O Ano 1 de um novo ciclo de desenvolvimento”, com esforços e projetos nas áreas de transferência de renda, habitação, qualificação para o emprego e apoio para as mães chefes de família que trabalham e querem voltar a estudar.

Na semana em que chegou aos cem dias de istração, Riedel escolheu roteiro diferente de outros gestores. Em vez de fazer balanço sobre o marco temporal, partiu em viagem à Argentina, para debater um projeto muito caro em sua plataforma de governo: a Rota Bioceânica, projeto de décadas que promete encurtar o caminho para as exportações sul-mato-grossenses.

“A previsão é de que o novo corredor rodoviário, a Rota Bioceânica, entre em operação após a conclusão da ponte sobre o Rio Paraguai, que liga Porto Murtinho (Brasil) a Carmelo Peralta (Paraguai), com previsão de entrega para o segundo semestre de 2024”, observa o comunicado do governo do estado aos veículos do grupo RMC (Rede Matogrossense de Comunicação).

Para o governo, a nova rota deve reduzir significativamente os custos logísticos, o tempo de transporte, além de outros inúmeros benefícios comerciais.

“As obras necessárias, que vão viabilizar a operação da Rota, têm recursos garantidos pelo Governo Federal – em andamento ou em licitação. No início de fevereiro o governador esteve em Brasília (DF), onde foi recebido pelo Ministro dos Transportes, Renan Filho, que confirmou a destinação de R$ 93 milhões para a alça de o, no lado brasileiro, à ponte sobre o rio Paraguai”, informa o Executivo.

Agenda diferente 725nv

Como já anunciado acima, nesta segunda-feira (24) à noite, o governo programou evento em que promete divulgar seus compromissos para o ano, já que optou por não ter programação no centézimo dia de gestão.

“Os 100 dias é mais um número cabalístico. Para nós, mais importante do que celebrar essa marca, é criar compromissos, mostrar o que vamos fazer, com uma equipe comprometida e muito bem orientada, que está fazendo o dever de casa”, disse o governador, em material da assessoria de imprensa.

“Ano 1 de um novo ciclo de desenvolvimento” é o nome do evento, marcado para ocorrer na sede da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande. Segundo a assessoria de imprensa, Eduardo Riedel ratificará os compromissos assumidos na campanha eleitoral e fará novos pactos para atender a população.

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