Ministra fala sobre possível duplicação da BR-262 e da BR-267 em MS 4n6257
Simone Tebet reforçou que a estrutura para receber grandes indústrias nos próximos anos é uma das principais preocupações do poder público, por isso estudos são feitos para viabilizar as obras no estado 181s3n
A duplicação de duas grandes rodovias que cortam Mato Grosso do Sul – a BR-262 e a BR-267 – já estão em análise pelo Governo Federal. É o que garante a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
Durante entrevista para a jornalista Maureen Mattiello, no quadro Papo das 7 do Bom Dia MS, a ministra reforçou que a estrutura do estado para receber grandes indústrias nos próximos anos já é uma das principais preocupações do poder público e por isso, são feitos estudos para viabilizar as obras por MS.

Simone falou da instalação de duas grandes indústrias: a conclusão da nova fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, e a retomada da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III) em Três Lagoas.
Desde que as obras foram anunciadas, a fluxo de veículos pelas rodovias do estado – para escoar toda a produção – entrou em debate no meio político. De um lado, o governo de Mato Grosso do Sul busca meios para preparar as BR-262 e BR-267, do outro a União usa o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para melhorias pontuais.
A duplicação das duas rodovias não entrou no pacote de investimento por enquanto, mas segundo a ministra, a mudança já é analisada pelo Governo Federal.
“Para haver a duplicação, seja com recursos próprios, seja com PPP e concessão, e preciso haver um estudo de fluxo de carros para garantir a empresa o pedágio. Até um tempo atrás a BR-262 não tinha pelo estudo de viabilidade capacidade para a duplicação. Agora é diferente, porque temos em Ribas do Rio Pardo a maior fábrica de celulose do mundo. Então dentro desse processo nós podemos falar sim em duplicação, ou na pior das hipóteses de uma terceira faixa”.
As duas hipóteses – de duplicação ou terceira faixa – se estendem à BR-267, segundo a ministra, e hoje dependem da aprovação da União a um pedido do governador Eduardo Riedel (PSDB).
“Já é um pedido do governador Riedel que está sendo analisado pelo governo federal e eu não vejo muita dificuldade disso avançar. São duas obras rodoviárias estratégicas de um possível duplicação ou terceira faixa virem pro estado para serem concessionadas, irem para concessão”.
Outra rodovia que está na lista de prioridade dos governos federal e estadual é a BR-163.
Hoje, a concessão da rodovia é discutida com o Tribunal de Contas da União para que o contrato com a CCR MSVia seja revisto e não rompido para uma nova licitação, como diz a lei. A intenção em um primeiro momento, conforme Simone Tebet, é que seja liberada a duplicação de 65 quilômetros da via. A partir daí, com obras iniciadas já em 2024, as próximas fases podem ser estudadas.
Se a renegociação das cláusulas não for aceita e uma nova licitação seja necessária, as obras da BR-163 só devem ser retomadas daqui a dois anos.
“É o único caminho para que a gente possa ter essa obra no ano que vem. Com as obras paradas desde 2017 o nosso principal argumento com o Tribunal de Contas é justamente que os motoristas estão pagando o pedágio, mas não estão usufruindo do benefício de ter a rodovia duplicada”.
Além das duplicações das rodovias, a ministra reforçou outros investimentos para Mato Grosso do Sul. “Nós temos ai um estudo sobre duas ferrovias, temos a Malha Oeste, que é o grande sonho nosso e a [Rota] Bioceânica que, como nós já falamos, a alça já vai ser licitada agora em outubro, mais de 300 milhões que já está no orçamento do Ministério dos Transportes”.
Leia mais 6p1262
UFN3 3p6u1k
Na entrevista, Simone também reforçou a retomada da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III), que está 85% concluída e em novembro recebe a visita do presidente da Petrobras, Jean Paul Terra Prates.
Depois disso, explicou a ministra, começa a fase de negociação com a Bolívia. “O gasoduto da Bolívia a dentro dessa fábrica. Será necessário ir negociar o volume de gás que a gente precisa”. Ainda de acordo com Simone, o governo prepara também “um plano B”, para o caso de não conseguir chegar aos termos necessários.