Lei que torna crime o uso de cerol em pipas é aprovada pela Câmara e2f5h

Desde 2008 uma lei municipal que proíbe a comercialização das linhas cortantes em Campo Grande; em 2020 o valor da punição aumentou e pode chegar aos R$ 5 mil 1d1i55

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (6) um projeto de lei que torna crime o uso de linhas cortantes em pipas além de estabelecer regras para a prática de pipa desportiva com cerol no Brasil. Agora a proposta será analisada pelo Senado.

Em Campo Grande, uma lei municipal já prevê multa para quem usa e para quem vende; os valores chegam aos R$ 5 mil.

Pipas no céu claro, diversão para muitas crianças. (Foto: chicoterra)
Pipas no céu claro, diversão para muitas crianças. (Foto: Chicoterra)

A proposta nacional tem intenção de tornar mais específico o Código Penal Brasileiro. Hoje a criminalização do uso de cerol é feita pelo artigo 132, que considerava crime “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e eminente”.

Se o projeto for aprovado no Senado o texto da lei vai detalhar a proibição da “fabricação de cerol ou linha cortante”, assim como a “utilização de linha com cerol ou produto cortante”.

Além disso, a lei estabelece, no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que os pais e responsáveis devem se responsabilizar pelo menor que pratique o uso da linha de cerol e sustâncias cortantes.

Também foram estipuladas penas para pessoas físicas e jurídicas. São elas:

Pessoa física 33m2

  • Multa no valor de R$ 500 a R$ 2,5 mil, aplicada em dobro na hipótese de reincidência.
  • De acordo com o texto, o valor deverá ser reavaliado pela unidade federativa e do município, em razão do Fundo Nacional da Segurança Pública.

Pessoa jurídica (fabricante, importador ou comerciante) 2x225s

  • Apreensão dos produtos ou insumos, sem direito a qualquer indenização;
  • Advertência, suspensão do alvará de funcionamento e sua cassação, na hipótese de a apreensão ter ocorrido outras vezes;
  • Multa entre R$ 2 mil e R$ 30 mil, que será fixada de acordo com poder econômico do setor. O valor será duplicado sucessivamente a cada reincidência.

O texto também regulamenta que só será permitido o uso de linha esportiva com cerol em pipódromos, espaços específicos dedicados ao esporte. Mas para isso, regras devem ser respeitadas: é necessário que a pessoa seja maior de 16 anos, devidamente autorizado pelos pais ou responsável e esteja inscrita em associação nacional, estadual ou municipal dedicada à pipa esportiva.

Em Mato Grosso do Sul 11ax

Em Campo Grande o uso das linhas com cerol é proibido.

Desde 2008 uma lei municipal que proíbe a comercialização das linhas cortantes, mas uma reformulação feita em 2020, deixou o valor da punição na capital sul-mato-grossense é um pouco mais salgado; R$ 5 mil para comerciantes e R$ 1 mil para quem usa as linhas proibidas nas pipas.

Além disso, a legislação atual garante que em casos mais graves do uso indevido de linhas cortantes podem ser penalizados como homicídio culposo, com previsão de um a três anos de detenção, ou mesmo lesão corporal.

A punição, no entanto, encontra obstáculos. Isso porque a maioria dos acidentes são causados no pós uso da linha, ou seja, quando caem do voo. É o que explica o coordenador nacional do programa Cerol Não, Robson Moraes Almeida.

“É muito raro você encontrar um acidente que foi causado por alguém segurando a linha naquele momento. A maioria é causada por pipa voada”.

Robson Moraes

Ele reforça que justamente o fato de as linhas ficarem soltas quando são cortadas das pipas dificulta que os responsáveis sejam encontrados.

As linhas soltas são comumente encontradas porque o intuito do material cortante é justamente competir com o outro empinador, vence o que “roubar” a pipa do outro primeiro.

Neste ano dois casos graves foram registrados em Mato Grosso do Sul: no final de janeiro a enfermeira Cátia Pavaneli, de 34 anos, morreu após ser cortada por linha com cerol enquanto ia de motocicleta para o trabalho em Três Lagoas. Em Campo Grande, Patrícia da Silva Montenegro, 35 anos, quase protagonizou a mesma história enquanto também andava de moto, mas sobreviveu após ficar internada em estado grave e ar por cirurgia.

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