Emanuelzinho diz que vai procurar ministros para ter VLT em Cuiabá 506w1b

Autoridades políticas e sociedade organizada criticam a forma como o governo vem conduzindo a obra do BRT. 3l511w

A possibilidade de instalação do VLT apenas em Cuiabá foi defendida nesta sexta-feira (15) durante audiência pública na Câmara de Vereadores. A discussão era sobre o BRT e os possíveis impactos negativos na cidade. O deputado federal Emanuelzinho (MDB) disse que vai conversar com ministros na tentativa de articular a implantação do VLT na capital.

Mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos já foram gastos com a obra do VLT. (Foto: Prefeitura de Cuiabá).
Mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos já foram gastos com a obra do VLT. (Foto: Prefeitura de Cuiabá).

A obra de instalação do BRT já começou em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, e tem gerado protestos por parte de comerciantes que temem o impacto econômico das obras da Avenida Couto Magalhães. 

Durante a audiência, o deputado Emanuelzinho afirmou que o grupo político não aceita a implantação de um outro modal de transporte rápido na capital, que não seja o VLT. Além das críticas sobre a eficácia do BRT, eles afirmam que não houve debate suficiente com a população e que há falta de informações oficiais. 

LEIA MAIS: AGU acata denúncia de fraude em licitação contra empresas de obras do BRT

“Estamos trabalhando e conversando com alguns ministros e Governo federal, ainda de forma informal, a possibilidade de um estudo de viabilidade técnica e econômica para a inclusão do VLT em Cuiabá”. 

Leia mais 6p1262

  1. Grupo de trabalho discute futuro dos vagões do VLT de Mato Grosso 5h156h

  2. Entre VLT e BRT, um rastro de suspeitas 6h87

  3. STF vai julgar de forma presencial caso envolvendo BRT e VLT 72m1i

  4. Comerciantes da Couto Magalhães fazem protesto contra obra do BRT 3n6v70

  5. Comerciantes de Várzea Grande temem por nova “quebradeira” com obras do BRT 73k33

  6. Avenida da FEB tem uma faixa interditada para obras do BRT 3e2c73

“Manifestei na audiência pública que não tem um motivo sequer que compense o BRT e que a obra está trazendo Várzea Grande para trás. Como não havia planejamento traçado, vai estreitar algumas partes da FEB. Então, nós não vamos aceitar em Cuiabá”.

Líder da audiência pública, o vereador Luiz Claudio disse que solicitou o debate por temer problemas para Cuiabá. “Nós solicitamos essa audiência publica pelo que ocorreu com a nossa cidade vizinha, Várzea Grande. Quando mudaram o traçado para Couto Magalhães, os comerciantes se rebelam. Nós queremos discutir isso antes, porque em Cuiabá também tem uma novidade: o traçado do BRT foi modificado”, afirmou.

A presidente do bairro Residencial Coxipó, Maria Inês Martins, afirmou que é necessário ter, em definitivo, uma solução para Cuiabá em relação a indecisão sobre BRT e VLT. “A nossa cidade precisa de uma decisão que seja boa pra todos. Muita gente está sendo prejudicada por essa indecisão”.

O Primeira Página entrou em contato com a Sinfra (Secretaria de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso) e a comunicação da pasta disse que já foram feitas audiências públicas para falar sobre os estudos técnicos do BRT, apresentado o anteprojeto e do EIV– Estudo de Impacto de Vizinhança e RIV– Relatório de Impacto de Vizinhança. 

Sobre as declarações do deputado Emanuelzinho em relação a implantação do VLT em Cuiabá, a pasta disse que somente ele pode comentar o assunto. 

Traçado  556v6j

Após a aprovação do BRT em Várzea Grande, com a inclusão da Avenida Couto Magalhães no traçado do modal, comerciantes têm protestado por medo do impacto econômico que a obra pode causar. Eles levam em consideração a “quebradeira” provocada pelas obras do VLT em 2014 na Avenida da FEB. 

Obras do BRT na Couto Magalhães. (Foto: Michel Alvim/Secom-MT)
Obras do BRT na Couto Magalhães. (Foto: Michel Alvim/Secom-MT)

Em Cuiabá, o novo traçado do BRT inclui a subida pela Avenida Getúlio Vargas e descida pela Avenida Isaac Póvoas. Conforme os presentes na audiência, a rota é diferente da original e pode impactar de forma negativa na economia da cidade.

“Aqui em Cuiabá nos surpreendeu o BRT ter que subir a Getúlio Vargas, fazer a volta na praça 8 de abril e descer pela Isaac Póvoas e Generoso Ponce, inviabilizando totalmente a mobilidade urbana de Cuiabá”, disse o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro.

Estiveram presentes na Câmara, o vereador que presidiu a audiência Luiz Cláudio (PP), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, o deputado federal Emanuelzinho, e representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Mobilidade Urbana e representantes da sociedade organizada.

Rastro de corrupção do VLT 655h51

A obra do VLT foi iniciada e deveria ter sido concluída antes da abertura da Copa do Mundo de 2014. Porém, o Governo de Mato Grosso decidiu substituir o modal de transporte mesmo após gasto de mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos.

Dos 22 km de trilhos previstos no projeto, 6 já estavam prontos, mas a obra nunca foi concluída.

Trilhos do VLT estão sendo retirados em Cuiabá e Várzea Grande. (Foto: Reprodução)
Trilhos do VLT estão sendo retirados em Cuiabá e Várzea Grande. (Foto: Reprodução)

O atraso na entrega da obra e as denúncias de irregularidades no projeto fizeram o governo mato-grossense cancelar o contrato para construção do VLT ainda em 2017. Três anos depois, com as obras abandonadas, o governador Mauro Mendes decidiu desmontar parte da estrutura recém-construída e substituir o projeto original por outro, que prevê a implantação do BRT.

Mesmo com quase 80% do projeto inicial, do VLT, já executado, o governo de Mato Grosso afirma que gastará menos dinheiro público desmontando parte da infraestrutura já instalada e erguendo em seu lugar o BRT.

Em 2017 o ex-governador Silval Barbosa foi investigado e itiu ao MPF (Ministério Público Federal) ter recebido cerca de R$ 18 milhões do consórcio para a instalação do VLT.

FALE COM O PP 1318p

Para falar com a redação do Primeira Página em Mato Grosso, clique aqui. Curta o nosso Facebook e siga a gente no Instagram.

Leia também em Política! 3dx4p

  1. Coluna Política de Primeira MS é assinada pelo jornalista Henrique Shuto e terá podcast semanal com políticos (Foto: Ariovaldo Dantas)

    Política de Primeira: a coluna com bastidores políticos em MS 3lmi

    Coluna assinada por Henrique Shuto terá espaço para entrevistas e até polêmicas...

  2. Bandeirantes

    Definida data da nova eleição para prefeitura em Bandeirantes 2n235b

    Após o prefeito de Bandeirantes ter o mandato cassado pelo STE, por...

  3. Fim das barracas no Centro? Cadastro de ambulantes para Shopping Orla termina hoje 1l6858

  4. stf

    Venceram a democracia e o bom senso 65716f

  5. Bolsonaro irá depor na próxima semana em inquérito da PF sobre atuação do filho nos EUA 6l6f4x

    A Polícia Federal marcou para o dia 5 de junho, o depoimento...

  6. TRE mantém cassação da chapa do União Brasil por fraude à cota de gênero em Arenápolis 2e5n11