Alfredo da Mota Menezes

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Coisas da América Latina 3x6g58

Na Venezuela está programada eleição para julho deste ano para presidente 3q1a23

Dois países na América do Sul têm sido destaques nos noticiários da imprensa regional e de outros lugares do mundo: Venezuela e Argentina. Um com governo mais à esquerda e outro mais à direita. Fiquemos no caso da Venezuela.

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Países da América Latina (Foto: Reprodução)

Na Venezuela está programada eleição para julho deste ano para presidente. Nicolás Maduro, atual mandatário, é novamente candidato. Todas as análises cravam o nome dele como já eleito.

A coisa ali só anda para lado que o grupo no poder quer. Imprensa, justiça eleitoral, tudo a favor do governo como sempre é numa ditadura. Tenta-se disfarçar isso com eleição como essa. Mas está tudo dentro da regra do jogo do grupo no poder que vem de muito tempo.

Começou com Hugo Chaves, militar que ganhou eleição e prometia mudar a Venezuela. Não continuou a mandar no país porque teve morte por câncer, mas seu grupo está até hoje no comando. Os militares na Venezuela dão e ao regime supostamente mais à esquerda. No geral, militares na América Latina dão base a governos mais à direita. Acomodaram-se com os benefícios dados pelo regime à instituição.

Houve um acordo em Barbados em que Nicolas Maduro concordava em promover eleições livres para presidente. Por causa dessa mexida houve até suspensão de parte das barreiras comerciais que os EUA e outros países fazem com a Venezuela. Esse cerco comercial prejudica muito o país sul americano. Tem ainda folego porque exporta petróleo e muitos países do mundo não querem saber que tipo de governo o comercializa. Fato que ocorre também com algumas ditaduras no Oriente Médio.

O acordo de Barbados foi atropelado quando a Justiça Eleitoral da Venezuela impediu a candidatura de Maria Corina Machado e a tirou da politica eleitoral pelos próximos 15 anos. Uma truculência eleitoral sem base legal, mas que tirava do caminho uma candidata que poderia até ganhar a eleição. A oposição entrou em campo com outra candidata, Corina Yoris. Arrumaram imediatamente outro óbice eleitoral e também esta não pode ser candidata contra Maduro.

Acreditar que tudo isso é legal, que a justiça dali é imparcial, é acreditar em duendes. Como o acordo de Barbados não foi cumprido, ou eleições livres e limpas, voltou o embargo comercial à Venezuela.

Com ou sem embargo, a situação do pais é periclitante. Já são sete milhões de venezuelanos que deixaram o país. Venezuela tinha 29 milhões de habitantes, agora tem sete milhões menos. Não se tem uma debandada de habitantes de uma nação nesse patamar se a economia, ou a vida de maneira geral, estivesse funcionada no país sul americano.

A última do Maduro foi baixar um decreto para dizer que Essequibo, lugar disputado com a Guiana, a partir de agora pertence à Venezuela. Pura medida eleitoral.  Parte da população acredita nessa lorota e vai dar voto a ele. Tudo montado para ganhar um novo mandato.

Coisas da América Latina que parece que nunca vão desaparecer. Perante o mundo a imagem regional continua a mesma através dos anos.

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