Ciro Gomes é o 2º candidato à Presidência em MS 5s446m

O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, e a candidata a vice Ana Paula visitaram Campo Grande, nesta sexta-feira (9), para a inauguração do Comitê Esperança. O pedetista é o segundo presidenciável a fazer campanha eleitoral em Mato Grosso do Sul.

“Mato Grosso do Sul é um desses pedaços que me fazem acreditar no Brasil. Porque daqui se faz um esforço de trabalho, de austeridade, de valorização da decência. Eu aprecio muito e é onde está a alma do povo brasileiro. Claro que a gente precisa olhar isso com um certo cuidado. Por quê? Só pra você ter um exemplo prático: o Brasil destruiu de um jeito a sua indústria, que hoje o agronegócio tomou um prejuízo de quase duzentos por cento de aumento do custo dos fertilizantes. Por quê? Porque o Brasil destruiu a sua indústria e está importando da Rússia. E houve uma guerra. E agora o Brasil dependente de fertilizantes”, afirmou Ciro.

O candidato chegou no meio da tarde, depois de fazer campanha na região norte do Paraná, outra região onde o a agricultura tem força. “Se eu tenho a maior demanda por fertilizantes em Mato Grosso do Sul e no Centro-Oeste, e no Sul, claro que eu tenho que sediar uma indústria de fertilizantes mais próxima daquilo que eu facilito pela logística e o barateamento dos preços”, pontuou.

No setor industrial, o candidato pretende explorar regiões mas atrasadas do país para levar o desenvolvimento econômico e deixar de importar produtos estrangeiros, como medicamentos que o Brasil está gastando cerca de US$ 17 bilhões.

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“Isso eu posso germinar em qualquer região mais atrasado do país: vale do Jequitinhonha, que é a região mais triste e pobre de Minas Gerais. A região mais pobre do semiárido do Nordeste. No Amapá, uma farmácia de base biotecnológica. Portanto, um projeto que pense Brasil harmonicamente, até porque o agro negócio ele gera muita divisa, mas ele gera pouco emprego e a gente precisa dar emprego. A pensar para o setor urbano, que só a indústria e o serviço podem oferecer”, ressaltou Ciro.

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Sobre a questão indígena, Ciro defendeu que todas as populações tradicionais devem ser respeitadas e protegidas. Segundo o candidato, uma parte a antropologia define como natureza indígena e a outra como luta desesperada por terra.

“É preciso separar uma coisa da outra e fazer as duas coisas serem atendidas sem brigas, sem violência, sem desrespeitar o direito, e eu sei fazer isso. Eu quero pra mim o lugar na história do brasileiro, do presidente, que pacificou de uma vez por todas esse assunto”, afirmou Ciro.

O presidenciável disse que, se eleito, vai usar a experiência de quando foi governador do Ceará para antecipar e organizei os movimentos e evitar as invasões. Segundo Ciro, ele organizou e identificou as causas justas e, a partir daí, comprou terras para assentar as pessoas que queriam trabalhar.

“Não faz sentido pra nós, num país como nosso, que não fez direito em respeito àquelas populações que são mais frágeis e que estavam aqui quando colonizador chegou. Eu preciso pacificar isso, mas eu identifico aqui dois pulsos: um verdadeiramente indígena, que tem que ter prioridade e outra um pulso absolutamente legítimo que é por o à terra. E é preciso que a gente trabalhe isso dentro da lei, dentro da ordem, que o que não falta no Brasil a terra para que quem nela deseja e queira trabalhar. Eu vou fazer isso”, explicou o pedetista.

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Em Mato Grosso do Sul, o PDT está na coligação “Trabalhando por um Novo Futuro” (Federação PSDB e Cidadania/ REPUBLICANOS/ PP/ PSB/ PL/ PDT), do candidato a governador Eduardo Riedel (PSDB), que apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Não tem palanque mais. O que eu tenho é a honra de ser recebido aqui pelo grande líder de Mato Grosso do Sul, que faz um governo respeitabilíssimo e o qual o meu partido, com grande acerto, está apoiando. Ele tem os compromissos dele, mas eu tenho o prazer de vir aqui e dar um abraço nesse grande brasileiro e dizer que, se eu votasse no Mato Grosso do Sul, votaria nele. Azambuja para governador”, ressaltou Ciro.