Caso Paccola: Câmara protocola pedido de compartilhamento das investigações 6x5r40
A Câmara está investigando a conduta do vereador através de um requerimento em que aponta quebra de decoro e pode levar a cassação de Paccola 411319
A Câmara Municipal de Cuiabá protocolou na Polícia Civil o pedido de compartilhamento de provas das investigações do homicídio cometido pelo vereador Marcos Paccola (Republicanos). Ele atirou e matou o agente do socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, na noite de sexta-feira (1°), no bairro Duque de Caxias, região central da Capital.

A Câmara está investigando a conduta do vereador através de um requerimento em que aponta quebra de decoro parlamentar e que pode levar a cassação de Paccola.
O presidente do Legislativo Municipal, vereador Juca do Guaraná (MDB), disse que protocolou nessa terça (5) o pedido para ter o às investigações.
O pedido de afastamento do vereador foi lido na sessão dessa terça. Agora, a Procuradoria da Câmara de Cuiabá tem 48h pra dar o parecer favorável ou contrário ao afastamento.
Sendo favorável, Juca não descarta a possibilidade de colocar em votação já nesta quinta (7).
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Comissão de Ética 8723n

O presidente da Comissão de Ética, vereador Lilo Pinheiro (PDT), disse que pretende aguardar a conclusão do inquérito para levar adiante a investigação contra o vereador e policial militar reformado. “Vamos receber a denúncia, mas precisa de um embasamento técnico do inquérito”, disse.
Ele destaca que o prazo de 30 a 60 dias da finalização do inquérito também é o prazo para que a Comissão de Ética irá investigar a fiscalização.
Versão de Paccola 1y4n5j

Nesta segunda-feira, Paccola deu entrevista pela primeira vez sobre o assunto. Em coletiva na Câmara, ele disse que atirar no agente ocorreu dentro de um “procedimento técnico” e que “há uma diferença entre tiro pelas costas e tiro nas costas”.
No domingo (3), por nota, ele tinha declarado que o caso ocorreu quando estava a caminho de um compromisso. O vereador relatou que desceu do carro para ver por que o trânsito estava parado, mas que ouviu de uma pessoa no meio da aglomeração que o agente estava armado e de um terceiro que o agente iria matar a mulher.
O vereador relatou que em seguida viu Miyagawa com uma arma em punho, atravessando a rua com a mulher à sua frente. Paccola disse que pediu para que o agente largasse a arma, mas que ele teria se virado com o revólver e, por isso, atirou. Entretanto, as imagens mostram o agente de costas para o vereador.
Nas redes sociais, a namorada de Alexandre, Janaína Sá, disse que estava dirigindo e que entrou com o carro na rua Presidente Arthur Bernardes, na contramão, para usar o banheiro de uma empresa próxima.
Ela relatou que desceu do carro rápido e algumas pessoas que estavam no local começaram a xingá-la “por ter entrado na contramão”. Janaína afirmou que ignorou os xingamentos e atravessou a rua para ir até o estabelecimento.
“Saí andando rápido para ir no banheiro na distribuidora e o ‘Japa’ tem mania de andar com a mão na cintura, mania de policial, tipo fazendo guarda atrás de mim e disse: ‘amor espera’. Depois disso eu só vi ele caindo no chão”, relatou no vídeo.
Enterro e investigação 4n4j5a

Alexandre Miyagawa foi enterrado nesse domingo (3), no Cemitério Parque Bom Jesus, no bairro Jardim Cuiabá, na Capital.
A Polícia Civil informou nesta segunda-feira que abriu inquérito na DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) para apurar o caso, que estão sendo feitas perícias e levantamentos, seguidas de depoimentos de testemunhas e do formal interrogatório de Paccola.
Informou ainda que aguarda o resultado de perícias para esclarecer as circunstâncias dos fatos.