Alfredo da Mota Menezes

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Agosto na política nacional 4z3847

Há um mito de que o mês de agosto na política brasileira é uma coisa esquisita. 3n2x6s

Terminou o mês de agosto. Alguns acreditam que há algo estranho neste mês. Quando se fala que pode ter alguma coisa numa sexta feira, 13 de agosto, já tem alguém achando que seria o pior dos mundos.

Deixando os exageros de lado, na seara política no Brasil, o mês de agosto tem algumas coincidências interessantes. Começando por um caso mais recente.

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Recesso teve início em 18 de julho. (Foto: Agência Brasil)

Dilma Rousseff sofreu impeachment no dia 31 de agosto de 2016. Aquela tal de pedalada fiscal, mas que, na verdade, assim ocorreu por causa do momento ruim na economia. Em que o PIB caíra 3,5% em 2015 e 3.3% em 2016. Numa das maiores recessão que o país já ou. Independente dos motivos, o que ocorreu com a Dilma Rousseff foi no mal afamado mês de agosto.

O caso Jânio Quadros foi também neste mês. Jânio foi eleito em 1960 e renunciou à presidência em 25 de agosto de 1961. Foi um baque na vida política nacional. Ele chegara à presidência como algo novo, que iria revolucionar a política no país.

E, sem motivos maiores, deixou a presidência com poucos meses no governo. Houve muitas piadas sobre esse assunto e uma delas dizia que o Jânio não se aguentou no governo nem o tempo de uma gestação de uma mulher.

A renúncia do presidente provocou enorme problema no país. O vice-presidente, João Goulart, assume a presidência. Não era do mesmo partido ou grupo político do renunciante. Naquele tempo se elegia presidente e vice separadamente. Coisas da política nacional.

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Em pouco tempo, depois do fujão Jânio deixar o governo, o país já estava sob uma ditadura militar que começou em 1964. Se o fujão ficasse no governo talvez o país nunca asse por aquele regime autoritário. O fato ocorreu também no estranho mês de agosto

Mais uma da política no mês de agosto: o suicídio de Getúlio Vargas em 24 de agosto de 1954. Outro fuzuê na vida nacional. Um presidente no mandato, por problemas políticos do momento, resolve dar fim à vida provocando um tumulto enorme. Vai assumir seu vice, Café Filho, o país viveu por muito tempo com o trauma da morte de Vargas.

Ele fora presidente, ou melhor, ditador entre 1930 a 1945. Deixa o governo e vai assumir o eleito na sequência, o cuiabano Eurico Gaspar Dutra. No fim deste governo, Vargas se candidata outar vez e se elege, mesmo tendo sido um ditador por tantos anos. No poder as coisas se complicam e ele vai cometer suicídio.

Três fatos marcantes da política nacional. Dilma Rousseff e o impeachment de 2016. A renúncia de Jânio Quadros em 1961. E o suicido de Getúlio Vargas em 1954. Pode ser tudo coincidência, mas ajuda no mito de que o mês de agosto na política brasileira é uma coisa esquisita.

Muitas pessoas deram graças aos astros pelo término do mês de agosto. Desta vez não aconteceu nada na política, mas, lá vem o agouro, quem sabe no próximo ano.

Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Alfredo da Mota Menezes , e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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