Vozeirão já foi motivo de bullying, mas hoje é trunfo de Karla Coronel 691e3a
Cantora é a responsável por abrir o show da banda Natiruts, neste domingo (16), no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande 3a2s2i
Escalada para abrir o show da banda de reggae Natiruts neste domingo (16), Karla Coronel, 26 anos, é a síntese de uma sul-mato-grossense. Isso porque, na verdade, ela nasceu em Pedro Juan Caballero, mas foi registrada em Bela Vista, cidade distante a 313 km de Campo Grande.
A mistura latina rendeu muita bagagem para a jovem, que promete uma apresentação potente com muito pop e brasilidades no Parque das Nações Indígenas.

Dona de um vozerão potente, Karla quase deixou o talento na música de lado. Mas, foi a família que não deixou.
“Quando criança, eu tinha muita vergonha da minha voz, pensava que eu tinha voz de homem, era zoada na escola, e ela [voz] sempre foi mais grave, rouca. No começo, eu odiava cantar, e não queria saber de música, mas minha tia sempre insistia em cantar”, relembra.
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Aos 5 anos, após a morte do pai, Karla mudou com a mãe de Pedro Juan Caballero para Campo Grande. A proximidade com a tia, que é artista e cantora de samba e MPB, Karla começou a ver a sementinha da vida artista crescer e florescer.
“Comecei na música através dos meus familiares, minha tia é cantora, canta samba, MPB, a Marta Cel. Ela que me introduziu na música”, revela.

Confira abaixo uma palinha da cantora especialmente para o Primeira Página:
Do Coral a benção materna 2ui1p
Mais crescida, aos 15 anos, mesmo muito tímida, Karla resolveu entrar para o coral da igreja evangélica que a família frequentava, a Assembleia de Deus. “Aí fui desenvolvendo na igreja por um com tempo, e quando foi 2018, decidi que ia levar a música como uma profissão, não somente na igreja, ou hobby”, recorda.
Nesta fase, Karla estudava Direito, mas o amor pela música falou mais alto. Só faltava uma coisa: a benção de sua mãe, dona Edna Coronel.
“Falei: ‘mãe, a senhora me abençoa de eu ser cantora e largar o direito?’. Aí ela me abençoou e deu tudo certo. Em 2019, lancei minha primeira música, ‘Agora ou Depois’ e estou lançando até agora, bastante coisa de lá pra cá”.
Um deles é o seu primeiro clipe, gravado em um motel, para a música “Sua coragem acaba”.
Ouça abaixo:
Parceria com cantor da República Dominicana 3301
Esse estilo de Karla Coronel, carregado de brasilidades, trouxe parcerias internacionais.
“Eu adoro toda a latinidade que a gente tem aqui na nossa região e afins, apesar do estilo ser pop, conseguimos mesclar. A Karla consegue cantar o dela”, destaca a cantora.
O último single de karla é “Solita”, com participação do artista Baby Night, da República Dominicana. As redes sociais foram as responsáveis pela ponte, que rendeu um feat. poderoso.
“A gente se conheceu on-line, e eu precisava de uma música, falei que queria uma música latina, ele escreveu e ainda participou dela. Gravou pela internet, ele lá eu aqui, daí juntou e ficou muito bonita”, diz contente.

No Brasil, no topo de todos os sonhos, está cantar ao lado de Djavan.
“Sou muito fã. Seria muito legal. E aqui do nosso estado tem várias mulheres incríveis. Tem a Paolla, e tem o Jerry Espíndola, Geraldo Espíndola, SoulRa, Alex Silveira”, completa.
No domingo (16), Karla Coronel vai viver um momento especial no Parque das Nações Indígenas, durante o MS Ao Vivo 2023, antigo MS Canta Brasil, que volta reformulado.
A jovem vai ser a responsável por abrir o Natiruts.
“Eu estou muito feliz. Nossa Campo Grande, além do céu mais lindo, tem essa diversidade cultural maravilhosa, com grandes artistas, eu sou uma delas, então, eu estou muito feliz de estar abrindo e dividindo o mesmo palco que o Natiruts”.