Morre Gal Costa, uma das maiores vozes da MPB 52w2v
Em setembro deste ano, a cantora precisou interromper uma turnê para retirar um nódulo nasal 4x6c23
Aos 77 anos, morre a cantora Gal Costa, uma das maiores vozes femininas da MPB (Música Popular Brasileira). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da artista nesta quarta-feira (9), mas a causa da morte ainda é desconhecida.

Em setembro deste ano, a cantora interrompeu a turnê “As Várias Pontas de uma Estrela” para retirar um nódulo na fossa nasal direito. A volta aos palcos estava marcada para esse mês, mas não aconteceu. O show aconteceria no festival Primavera Sound, nesse fim de semana em São Paulo. Uma nova previsão para o retorno foi dada: final de novembro e a agenda já tinha apresentações para dezembro e janeiro.
A turnê, que começou em outubro do ano ado, revivia grandes sucessos dos anos 80. “Açaí”, “Nada mais”, “Sorte” e “Lua de mel” são algumas das músicas do repertório. Campo Grande foi um dos primeiros estados a receber Gal nesse projeto. No mesmo mês da estreia, ela esteve na capital de Mato Grosso do Sul.
Gal Costa ainda é lembrada por “Baby”, “Tigresa” e “Chuva de Prata”. Até o momento, não há informações sobre o sepultamento da artista.
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A história de Gal na música 2o2557
Maria das Graças Penna Burgos, a Gal Costa, nasceu em Salvador, capital da Bahia, no dia 26 de setembro de 1945. Trabalhou como balconista de uma loja de discos na cidade e em 1963 conheceu Caetano Veloso através de Dedé Gadelha, que era sua vizinha e amiga.
Em 1964 participou do show “Nós, Por Exemplo”, ao lado de Caetano, Gilberto Gil, Bethânia e Tom Zé, na inauguração do Teatro Vila Velha, em Salvador. No ano seguinte, mudou para o Rio de Janeiro e lançou seu primeiro disco, um compacto com as músicas “Sim, Foi Você”, de Caetano e “Eu Vim da Bahia” de Gilberto Gil.
Em 1966 participou do I Festival Internacional da Canção com a música “Minha Senhora” de Gilberto Gil e Torquato Neto.
Em sua fase “tropicalista”, que absorveu influências do canto rasgado de Janis Joplin e da “psicodelia” de Jimi Hendrix, lançou seu primeiro disco solo “Gal Costa” (1969), com sucessos como “Baby”, “Divino Maravilhoso”, “Que Pena” e “Não Identificado”. Em 1971 lançou “Fa-Tal: Gal a Todo Vapor”, gravado ao vivo, que serviu para carregar a bandeira do Tropicalismo.
Em 1979, Gal Costa se distanciou do repertório roqueiro e se consagrou como a intérprete de MPB e lançou “Gal Tropical” onde cantou alguns de seus maiores sucessos como: “Balancê”, “Força Estranha”, “Índia” e “Meu Nome é Gal”. Em 1980 Gal lançou “Aquarela do Brasil”, onde reuniu músicas de Ary Barroso, entre elas: “Aquarela do Brasil”, “É Luxo Só”, “Na Baixa do Sapateiro”, “Camisa Amarela” e “No Tabuleiro da Baiana”.
A aclamação popular de Gal Costa se consolida com o disco “Bem Bom”, de 1985 – o mais vendido da cantora. A partir da segunda metade dos anos 1990, Gal Costa ou a reler suas antigas gravações.
Em 2001, foi incluída no Hall of Fame do Carnegie Hall, sendo a única cantora brasileira a entrar no Hall, após participar do show “40 anos de Bossa Nova”, em homenagem a Tom Jobim. Em 2005 lançou o álbum “Hoje”.
Em 2011, Gal Costa lançou o álbum “Recanto”, concebido e composto por Caetano Veloso, o disco tirou a cantora de um autoexílio de seis anos. O último lançamento foi 2015. “Estratosférica” foi pensado em três formatos – LP, CD e – reúne as músicas “Sem Medo, Nem Esperança”, “Casca”, “Anuviar”, “Ecstasy”, “Dez Anjos”, entre outras.