Novela, cinema: Delinha eternizada em diversas homenagens 1g2v
A cantora faleceu no início da manhã desta quinta-feira (16), enquanto dormia w3r5r
Com voz marcante e sempre animada. É assim que todos lembrarão de Delinha, a Dama do Rasqueado de Mato Grosso do Sul. A cantora, de 85 anos, faleceu no início da manhã desta quinta-feira (16), enquanto dormia em casa. Agora, o que ficam são as lembranças e diversas homenagens na memória de cada sul-mato-grossense.

Delanira Pereira Gonçalves nasceu em 7 de setembro de 1936, e começou a cantar com o marido, Délio, na década de 1950. A dupla gravou 39 discos entre LPs e CDs. Juntos, carregam a maior discografia registrada no Estado.

Após a morte do parceiro de vida, Delinha seguiu em carreira solo e assim permaneceu por 10 anos. Contudo, a cantora ficou distante dos palcos durante a pandemia e voltou a se apresentar em dezembro do ano ado. Desde então, seguia ao lado do filho, o também músico João Paulo Pompeu, além de vender pen-drives com suas canções ao longo da carreira musical.
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Em abril deste ano, a cantora foi internada devido a inchaço das pernas. Em maio, Delinha voltou a ser hospitalizada depois de sofrer uma crise respiratória aguda. Ainda no hospital, descobriu-se uma pneumonia. No dia 25 de maio, no 11º dia, ela recebeu alta.

Homenagens 16e1a
Neste ano, Delinha recebeu diversas homenagens. Uma delas foi no 20º Arraial de Santo Antônio, promovido pela Prefeitura de Campo Grande, junto com a Paróquia.
A cantora também esteve presente na novela “Pantanal”, bem no dia em que saiu do hospital, no dia 25 de maio. Na trama, sua música “Malvada”, cantada com Délio, tocou em uma roda de viola, por Guito e Gabriel Sater. A cena ainda contava com José Leôncio (Marcos Palmeira) e José Lucas (Irandhir Santos).
Confira abaixo o momento emocionante em “Pantanal”: 476df
Além disso, Delinha é eternizada no filme “A Dama do Rasqueado”, de 2017, da cineasta Marinete Pinheiro. O longa metragem foi exibido em maio deste ano, durante a programação do Cine Rodas. O cinema ao ar livre que viaja pelo Brasil todo marcou presença na Praça Jardim Hortência, no bairro Aero Rancho, na capital de MS.
“Foram mais de 10 anos de convivência e proximidade desde que começamos o processo do filme. E para fazê-lo tive que adentrar nos seus espaços mais íntimos e sensíveis, então criei uma relação de amor por ela, e isso reverbera na minha vida, porque aprendi muitas coisas, algumas práticas conscientes, outras inconscientes que caminham pelo lado sentimental, sensível de sua simplicidade e ser mulher”, declara Marinete.

“Estou realmente muito, muito triste com a partida de Delinha. Não teremos mais as tardes de café na varanda da velha casinha. O lugar que fica é da saudade”, finaliza a cineasta.