Serra do Amolar: área preservada do Pantanal ganha reforço contra incêndios 5a3i3k

Região mais isolada do bioma conta agora com 5 câmeras instaladas nos pontos mais altos para detectar incêncios 3vx32

A Serra do Amolar, região mais isolada do Pantanal, localizada em Porto Jofre, na divida de Mato Grosso do Sul com Mato Grosso, agora conta com vigilância 24h por dia, em tempo real, através de 5 câmeras instaladas em pontos mais altos. O sistema conseguirá identificar incêndios na região do bioma.

Serra do Amolar
Serra do Amolar, região mais isolada do Pantanal, vista de cima. (Foto: Reprodução/Umgrauemeio)

Para isso, foi preciso uma operação especial que contou com meses de planejamento. Os equipamentos foram levados de helicópteros até locais de maiores alturas.

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As imagens são transmitidas na hora até uma central de monitoramento, que fica em Corumbá, a 250 km de distância, no IHP (Instituto Homem Pantaneiro). Com isso, incêndios iniciais podem ser registrados contendo suas localizações exatas.

Câmera instalada na Serra do Amolar
Uma das 5 câmeras instaladas em um dos pontos mais altos da região. (Foto: Reprodução/Umgrauemeio/IHP)

Em seguida, as imagens são readas para uma equipe do Corpo de Bombeiros ou para outros brigadistas que conseguem chegar o quantos antes. Dessa forma, as chamas são contidas e não ganham grandes proporções.

“Essas câmeras têm um raio de detecção automática de 15 quilômetros. Elas ficam girando 360 graus. Então, são 70 mil hectares de monitoramento e detecção automática. Porém, elas alcançam, têm uma visada muito maior que 15 quilômetros, podendo chegar até 40 de visada. Aguentam grandes variações de temperatura, vento e situações adversas. Elas foram feitas pra isso”, explica Osmar Bambini, CIO em inovação da “Umgrauemeio”.

Centro de monitoramento
Centro de monitoramento. (Foto: Reprodução/Nilmar Augusto/Fabiano do Valle)

Danos ambientais serão diminuídos 3w5521

“Com essa detecção mais rápida dá pra gente já começar, já ter o pessoal preparado, se mobilizar e chegar no incêndio (…) vai ser mais fácil combater, gasta menos recursos (humanos e materiais) e o dano ambiental vai ser menor também”, ressalta Márcio Yule, coordenador do Prevfogo-MS, órgão do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Conforme apurado pela reportagem, 26% do Pantanal foram queimados em 2020. A maior parte dentro das áreas de proteção da Serra do Amolar, onde o o só é possível de barco ou pelo ar.

Somente este ano, 454 focos já foram registrados no bioma, mas o período crítico ainda está por vir, de julho a outubro.

Bombeiros no Pantanal
Equipe do Corpo de Bombeiros combatendo fogo no Pantanal. (Foto: Reprodução/Gustavo Fernandes)

O projeto das câmeras na Serra do Amolar custou R$ 8 milhões da iniciativa privada, em parceria com ONGs locais. A extensão monitorada alcança 2,5 milhões de hectares, o equivalente ao território da Bélgica.

“Pode ser que a gente tenha um papel de influenciar que outras áreas protegidas sejam contempladas com equipamentos como este e, principalmente, a tecnologia que vai contribuir com uma melhor gestão dessa áreas que são fundamentais e que são, de fato, o maior patrimônio do nosso país”, finaliza Ângelo Rabelo, presidente do IHP.

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