Queimadas no Pantanal já equivalem a quase 7 cidades de São Paulo 1m5s4r

O tempo seco, a falta de chuva e os ventos na região favorecem a disseminação dos focos de incêndio 57444y

As queimadas que atingem o bioma Pantanal, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, já consumiram uma área superior a 1 milhão de hectares, segundo o LASA/UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro). O espaço equivale a quase 7 cidades de São Paulo (SP).

Segundo o biólogo da Ong SOS Pantanal, Gustavo Figueiroa, a situação está fora de controle. (Veja o vídeo abaixo).

O total da área consumida pelo fogo no Pantanal neste ano, até o último registro nessa terça-feira (15), é de 1.025.500 ha, que também representa 6,79% de todo território pantaneiro.

Uma linha de chamas que estava no Parque Encontro das Águas, onde concentra o maior número de onças pintadas do mundo, está indo de encontro com focos do Parque Nacional do Pantanal.

“A situação é bem crítica e nós estamos vivendo um cenário bem parecido que vivemos em 2020, com os animais fugindo do fogo, atravessando a transpantaneira e buscando ajuda nesse ponto de o que é a estrada”, disse Figueiroa.

O tempo seco, a falta de chuva e os ventos na região favorecem o aumento dos focos. As principais regiões com as maiores áreas consumidas pelas chamas foram:

  • Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dorochê – 84.50% (MS)
  • RPPN Poleiro Grande – 80.26% (MS)
  • TI Tereza Cristina – 50.40% (MT)
  • Parque Estadual do Pantanal (PE) do Rio Negro – 38.38% (MS)
  • PE Encontro das Águas – 35.09% (MT)
Mapa das queimadas no Pantanal.

Para tentar controlar os incêndios, os estados e o Governo Federal estão mobilizados com ações nos pontos onde há focos de incêndio para ajudar o Corpo de Bombeiros e o PrevFogo, por meio do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

Incêndio no Parque Encontro das Águas, em MT. (Vídeo: Reprodução)

Os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul decretaram, nessa terça-feira (14), situação de emergência ambiental em razão da falta de controle dos incêndios.

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, chegou também nessa terça em Mato Grosso e acompanha os trabalhos.

Ele destacou que há dificuldades de combater os incêndios no bioma, já que às vezes os focos não são aparentes, mas que ainda não se compara à situação de 2020.

Mais de quarenta bombeiros atuam no combate ao incêndio na região. (Foto: Reprodução)
Mais de quarenta bombeiros atuaram no combate ao incêndio na região. (Foto: Reprodução)

“Vamos continuar trabalhando com força total, com mais brigadistas, com reforço. Estou trazendo brigadistas de Goiás e de outras regiões para que de fato a gente consiga fazer um bom combate”, disse Agostinho.

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