Nemo pantaneiro? Peixinho é visto em águas de MS após 20 anos sumido 5al5o
Encontro ocorreu durante expedição de equipe do Bioparque Pantanal e profissionais de várias universidades 4d1d4q
Continue a nadar! O trabalho árduo dos pesquisadores do Bioparque Pantanal foi recompensando durante uma expedição em Bonito, cidade 283 quilômetros distante de Campo Grande. O minúsculo cascudo-cego das cavernas foi visto após duas décadas “sumido”.
O ancistrus, nome cientifico da espécie, é classificado como “criticamente ameaçado de extinção” pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Medindo apenas 10 centímetros, ele foi encontrado durante mergulho na nascente do rio Formoso.
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O pequeno não foi coletado pela equipe, composta também por profissionais da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), UFDG (Universidade Federal da Grande Dourados), UFPA (Universidade Federal do Pará) e UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).
O avistamento, porém, foi comemorado já que sinaliza a presença no animal na região. Vale ressaltar que a espécie é “endêmica”, o que significa que só se encontra naquele local, que neste caso é sistema de cavernas conhecido como Formoso e Formosinho.

Por este mesmo motivo a população do peixe é naturalmente reduzida. O presidente da Sociedade Brasileira de Ictiologia, Leandro Melo de Sousa, explicou sobre o assunto.

“Não sabemos quase nada sobre ela; existem pouquíssimos exemplares coletados décadas atrás. Um dos desafios mais difíceis desse tipo de estudo é justamente ar o ambiente; para entrar numa caverna alagada, é necessário treinamento e planejamento”.
Esta foi a primeira expedição com objetivo de coletar espécie ameaçada, iniciativa do projeto Cascudos do Brasil, alavancado pelo Bioparque Pantanal no Centro de Conservação de Peixes Neotropicais.