MS tem mais um encontro de rios: Salobra e Azul 2v3q1p
Mais um belo registro do fotógrafo Victor Ramalho, 20 anos; segundo o profissional, o fenômeno natural pode ser visto após um eio de flutuação e barco a 22 km de Bodoquena 3f361x
O encontro dos rios Salobra e Azul é a imagem que vai encantar os seus olhos nesta segunda-feira (10). O registro foi feito na última sexta (7) pelo fotógrafo Victor Ramalho, 20 anos, na região de Bodoquena, em Mato Grosso do Sul. Assista abaixo:
Leia mais 6p1262
A imagem feita por drone mostra exatamente a diferença entre as águas dos dois rios. Na imagem, o rio Salobra é o da esquerda, de cor marrom, e o rio Azul é o da direita, mais cristalino. Victor explica o fenômeno.
“O rio Azul é cristalino porque tem nascentes próximas. Mesmo com a chuva, ele não turva. O rio Salobra é mais barrento por conta de sua extensão maior, e a chuva deixa ele nessa cor marrom. Quando não está na época de chuvarada, ele fica um pouco mais claro”, afirma o fotógrafo.

Além disso, algumas características como velocidade, temperatura e composição química compõem o “fenômeno”. Uma boa explicação é a geologia, como afirma o biólogo e pesquisador da Embrapa Pantanal, Carlos Roberto Padovani:
“A cor da água dos rios depende de vários fatores, principalmente na composição geológica da bacia. As bacias nas regiões de Bonito e Bodoquena têm uma geologia de solos com muitas rochas calcárias. O calcário tem qualidade de conseguir flocular material dissolvido na água e fazer ele decantar, fazendo os rios serem cristalinos”, pontua.
Segundo o especialista, um rio de água cristalina não tem muita influência externa, como materiais e/ou sedimentos vindos de terras fora dele.
“A erosão vai gerar sedimentos e ir para o riacho. Acontece no período de chuva e uso da terra. Não é só agricultura, estrada mal conservadas contribuem muito para o processo de erosão, e os rios encherem de água barrenta. O Rio Negro e Solimões, no Amazonas, por exemplo, são de cores diferentes. É um encontro das águas também”, cita Carlos.
A imagem foi registrada por Victor Ramalho pode ser vista de perto para quem faz o eio de flutuação e de barco nas Nascentes das Serras, a 22 quilômetros de Bodoquena.