Em chamas! Terra Indígena Marãiwatsédé está há três dias "pegando fogo" 201v6s
Incêndios atingem TI (Terra Indígenas) em Mato Grosso há, ao menos, três dias. 4l481j
Há, pelo menos três dias, queimadas atingem a Terra Indígena Marãiwatsédé, que possui mais de 165,2 mil hectares a nordeste de Mato Grosso. Até terça-feira (13), os diversos focos de incêndio ainda não haviam sido controlados.
Conforme o advogado do cacique Damião Paratzane, Lelis Bento de Resende, ainda não há uma estimativa de quantos hectares já foram consumidos pelo fogo, já que os focos de calor estão espalhados. Segundo ele, os indígenas montaram diversas frentes para tentar conter as chamas.
Localizada entre os municípios de Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia e São Félix do Araguaia, o primeiro incêndio em Marãiwatsédé foi identificado no último final de semana. “ Eles [indígenas] fizeram aceiros e estão tentando controlar o fogo”, completou Lelis.

Segundo ele, nenhum órgão municipal, estadual ou federal ajuda no combate ao fogo. “Quem está auxiliando são os parceiros da área, com trator e caminhões. Segundo os indígenas, o fogo começou às margens da BR e eles suspeitam que criminosamente iniciaram os incêndios”.
A situação de fogo com suspeita de origem criminosa é recorrente desde que a terra indígena ou pelo processo de desintrusão, concluído em 2013. Disputada judicialmente por produtores rurais e pela Funai (Fundação Nacional do Índio), a área teve de ser desocupada à força pelos posseiros. Desde então, incêndios têm sido registrados na área, sobretudo em períodos de seca.

Conforme dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais), de 08 de setembro de 2020 a 8 de setembro de 2021 foram registrados 72 focos de calor na Terra Indígena. Os números mostram que em 2022, 79 hectares foram consumidos pelo fogo nos últimos oito meses. Não há dados do mês de setembro.

Em agosto de 2013, mais de 31 mil hectares de vegetação foram destruídos pelo fogo em Marãiwatsédé. Brigadistas que atuavam no local chegaram a ser ameaçados por pessoas em caminhonetes, reforçando os indícios da origem criminosa dos focos de queimadas.

Já em 2014 o número de queimadas em terras indígenas em Mato Grosso teve aumento de 68%.
A reportagem pediu informações à Funai (Fundação Nacional do Índio) e ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) mas até a divulgação desta matéria não obtivemos retorno.
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