COP 28: especialista em questões ambientais destaca avanços e desafios 5s3l6p

Natalie Unterstell participa da COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos 1n543c

Para a especialista em questões ambientas, Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, que já participou de 10 encontros da COP (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), o evento apresentou muitas mudanças ao longo dos anos.

Ao Primeira Página e ao ICV (Instituto Centro de Vida), que cobrem juntos o evento, ela apontou algumas transformações.

Foto Natalie COP
Foto: Reprodução

“De 2015 pra cá, tem uma dinâmica muito diferente. Dessa vez aqui, tem mais de 100 mil pessoas. É inacreditável! Você tem desde os religiosos, crianças, empresários e investidores. Então, essa galera toda que está aqui é o pessoal que entendeu que a gente avançou, transbordou de um assunto muito técnico, muito diplomático para uma coisa maior e que interessa pra todo mundo”, avalia. 

Natalie Unterstell está em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para a COP 28, que discute a crise climática, além de buscar acordos e soluções para reduzir a emissão de carbono do planeta, e participou do : “Onde está o dinheiro do clima”?.

“Então, são várias fontes, várias oportunidades, mas não basta ter dinheiro voando, você tem que ter projeto, você tem que ter negócio, você tem que ter coisas que capturam isso. E de certa forma, acho que o Brasil não está fazendo muito a lição de casa”. 

Na COP 21, em Paris, 195 países se comprometeram a combater o aquecimento global “em bem menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais”, buscando limitá-lo a 1,5°C. Já o Brasil se comprometeu a reduzir, até 2030, em 43% a emissão dos gases do efeito estufa em relação aos níveis de 2005. 

No que diz respeito ao financiamento climático, o Acordo de Paris determina que os países desenvolvidos devem investir 100 bilhões de dólares por ano em medidas de combate à mudança do clima e adaptação, em países em desenvolvimento. 

Atuação do Brasil   6l5c2q

Sobre a atuação do Brasil na COP, a especialista disse que se viu surpresa em dois pontos: com a participação de indígenas e a defesa do país em manter o aumento da temperatura em um grau e meio.  

“É a primeira vez que vejo a delegação brasileira, até sem ninguém pedir, a inclusão explícita da participação de povos indígenas nas políticas climáticas. É a primeira vez, também, que vejo o Brasil defendendo um 1,5°C com unhas e dentes e isso é muito bom. Acho que tem muitas coisas que me espantam, acho que muitos anúncios frouxos sem ainda nada desenvolvido. Isso me aborrece um pouco”. 

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