Boca da Onça: La Niña ajuda a secar ponto turístico em Bodoquena 6kq45
Em situação normal, a queda d'água tem 156 metros de altura e a formação rochosa lembra uma onça de boca aberta, daí "Boca da Onça" 3b54g
Quem olha o paredão onde ficava a Boca da Onça pode duvidar se era realmente a maior cachoeira de Mato Grosso do Sul. Pelo quarto ano consecutivo, a queda acentuada de chuvas secou a cachoeira no fim de julho, início de agosto. O efeito do La Ninã também contribuiu para mudar o cenário de um dos principais pontos turísticos da região.

“Fazemos o apontamento das chuvas desde 2004 e, infelizmente, estamos no quarto ano consecutivo que temos uma queda acentuada nas chuvas. Isso se dá em toda região de Bonito”, afirmou o gerente de turismo Cristiano Godinho.
Em situação normal, a queda d’água tem 156 metros de altura e a formação rochosa lembra uma onça de boca aberta, daí o nome. Um dos maiores diferenciais da Boca da Onça são suas nascentes, pois todas tem seu início dentro da fazenda. O riacho da Boca da Onça e o Rio Salobra parte de Bonito e faz a divisa da fazenda Boca da Onça.

Segundo os especialistas, um dos motivos para essa seca é o efeito La Niña, que atrasou as chuvas desse ano. Na área central do Brasil, o fenômeno provoca um risco maior para irregularidade do retorno das chuvas no início da primavera.
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De acordo com a istração Nacional Oceânica e Atmosférica, a previsão é que na primavera o efeito do La Niña reduza de 86% para 60%, durante o período entre dezembro e fevereiro.
Para contornar a situação, as agências de turismo tem oferecido descontos nos eios que incluem a cachoeira Boca da Onça. Além disso, os cronogramas têm sido criados com outros destinos turísticos.