4 Conceitos de aplicabilidade da Economia circular na empresa Cloro MT 5r3n30

A busca por um modelo socioeconômico mais sustentável e responsável tem ganhado destaque nos últimos anos, impulsionando a adoção de práticas mais coniventes com os princípios de reutilização e reciclagem. Esses conceitos já possuíam certa força dentro das aplicações domésticas do dia a dia, mas aram a ganhar ainda mais espaço com o avanço das noções de Economia Circular dentro do ambiente empresarial.

Para muitos pode parecer um campo ainda inexplorado, mas está se revelando ser um bom início por onde as empresas não apenas começam a desbravar as possibilidades diversas da sustentabilidade, como também entendem o quanto a Economia Circular pode agregar valor à um negócio. É com o intuito de que esse conhecimento se torne cada vez mais popular, que o Instituto Capitalismo Consciente Cuiabá promoveu no mês de agosto o evento Tour Consciente pela empresa Cloro MT, a qual possui a prática da Economia Circular no centro da sua história e estrutura de produção.

Durante o tour guiado, Lucas Real, sócio-diretor do Grupo Cloro MT e conselheiro do Capitalismo Consciente Cuiabá, esclareceu alguns pontos centrais sobre como a Economia Circular está estabelecida na cadeia de valor da empresa. “Eu acho que o mais importante quando se trata de reciclagem, é o ganho social. Se você pegar só aqui, só essa empresa, que tem 30 funcionários diretos, mais dezenas indiretamente, e observar o tamanho da cadeia de quem coleta, de quem separa, de quem transporta, de quem extrusa (transforma em matéria-prima), você tem centenas de empregos gerados.  Além do social, há uma redução considerável da quantidade de recursos naturais exigidos para produzir uma embalagem nova.  Então produz-se um produto novo, oriundo de um produto que já foi usado”.

A Cloro MT comemora 36 anos em 2023 e Lucas explicou como os princípios de uma economia mais sustentável estavam presentes desde o início, tendo evoluído para a grande cadeira de Economia Circular que a empresa possui hoje em dia. A empresa, que já ou pela primeira sucessão, é referência no estado na produção de garrafas e galões a partir de matéria-prima reciclada.

Em entrevista durante o Tour, Lucas aproveitou para desmistificar algumas crenças acerca do custo para a fabricação de produtos reciclados. “…O produto reciclado tende a ser 60, 65% do valor de um produto virgem. Apesar de todo trabalho e gasto energético envolvido, mesmo assim, ele ainda é mais barato do que produzir com o material virgem. Então, se você tem um determinado produto, como a água sanitária, que é um produto muito barato, e que a embalagem representa um percentual muito alto desse produto, usando uma embalagem reciclada, esse percentual abaixa significativamente.

É evidente como a Economia Circular alinha-se com os princípios do Capitalismo Consciente, considerando a sua preocupação com o meio ambiente e com as comunidades à sua volta. Com o exemplo acima, fica ainda mais claro como o processo da Economia Circular, a qual prega a menor dependência de matéria-prima virgem juntamente com a promoção da reciclagem e reutilização de materiais, é capaz de agregar valor aos negócios de uma empresa. Assim, o Capitalismo Consciente pode ser um grande aliado na instauração de uma governança corporativa capaz de estabelecer uma cadeia de produção que gere ainda mais valor, sem com isso produzir novos dejetos plásticos e não biodegradáveis no mundo. A Industria, através da CNI – já se envolve em soluções viáveis para que estas práticas sejam perseguidas e promova a expansão da reciclagem, já explora uma mobilização entre os associados.