STF nega liberdade à adolescente que matou amiga em Cuiabá 6f2r3b

A pena da adolescente é revista e atualizada a cada seis meses. Ela está internada em um centro socioeducativo da capital 2o225q

O STF (Supremo Tribunal Federal) manteve a internação da adolescente que matou Isabele Ramos Guimarães, de 14 anos, em um condomínio no município de Cuiabá, em 2020. O relator do caso, Edson Fachin, entendeu que os requisitos para habeas corpus não foram cumpridos pela defesa.

Isabele foi assassinada em 2020
Edson Fachin nega liberdade a adolescente que matou amiga em Cuiabá. (Foto: Divulgação)

“Somente se justifica em face de situações que se ajustem aos seus específicos pressupostos: a existência de plausibilidade jurídica de um lado e a possibilidade de lesão irreparável ou de difícil reparação de outro. Sem que concorram esses dois requisitos, essenciais e cumulativos, não se legítima a concessão da medida liminar”, diz trecho da decisão.

A garota foi condenada por tempo indeterminado e está internada em um centro socioeducativo, em Cuiabá, desde o dia 19 de janeiro de 2021.

A pena é revista e atualizada a cada 6 meses, podendo chegar a pena máxima de três anos de reclusão.

A adolescente foi punida por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar, e qualificado.

Entenda o caso 566u43

Na noite do dia 12 de julho de 2020, Isabele estava na casa da amiga, no mesmo condomínio onde morava. Em determinado momento, as duas foram para o andar superior da residência, onde o tiro foi disparado. Isabele morreu no local.

Em 12 de agosto do mesmo ano, o laudo da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) concluiu que a pessoa que matou Isabele estava com a arma apontada para o rosto dela, a uma distância que pode variar entre 20 e 30 cm, e a 1,44 m de altura.

A reconstituição do crime foi feita no dia 19 de agosto de 2020. A investigação concluiu que a versão apresentada pela adolescente suspeita, no decorrer do inquérito, era incompatível com o que aconteceu no dia da morte e que a conduta da adolescente foi dolosa, porque, no mínimo, assumiu o risco de matar a vítima.

O MPE (Ministério Público Estadual) acusou a amiga de matar Isabele — ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção ou assume o risco de matar — e no dia 10 de setembro pediu a internação provisória dela.

Seis dias depois, a Justiça aceitou o pedido do MPE, ordenou a internação da menina e deu início ao processo que tramita em sigilo. No entanto, a internação durou menos de 12 horas, porque a Justiça concedeu uma habeas corpus a pedido da defesa.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso manteve a adolescente em liberdade até a conclusão do processo, com medidas cautelares, como não sair depois de meia-noite de casa e não ingerir bebida alcoólica.

O inquérito foi concluído em janeiro de 2021, quando houve a determinação da internação.

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