"Sintonia dos Gravatas": mais uma vez, TJMS mantém prisão de advogado pivô de operação 592i3g
O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) decidiu manter na prisão o advogado Bruno Ghizzi, 30 anos, que está na cadeia desde 25 de março, por envolvimento com grupo criminoso de origem paulista que atua dentro e fora dos presídios. Já houve pelo menos mais três tentativas de tirar o réu da cadeia, sem êxito.

Bruno Guizzi ocupa cela no presídio fechado da Gameleira II, em Campo Grande, desde que ocorreu um princípio de incêndio no alojamento onde estava, na ala especial dos advogados do Presídio Militar, no Jardim Noroeste, em Campo Grande.
A defesa já havia tentado a liberdade no primeiro grau, com a tentativa de revogar a prisão, mas a resposta foi negativa. Foi protocolado, então, habeas corpus no Tribunal, onde correm os processos de segundo grau, alegando constrangimento ilegal. A liminar, em caráter provisório, foi rejeitada.
Na decisão de mérito, desta quinta-feira (26), desembargadores concordaram por unanimidade com a decisão do juiz de manter preso o advogado.
“ […] Os bons antecedentes, e o fato de o paciente ter residência fixa e emprego lícito, não são suficientes, por si só, para afastar a custódia cautelar, principalmente quando há motivos que a autorizam, como é o caso em apreço, decorrente de integrar organização criminosa”, enfatizaram.
Operação Courrier 6p4727
Peça-chave na operação Courrier, Bruno Ghizzi foi preso em 25 de março, quando a operação do Gaeco *(Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) foi para as ruas, e levou mais 3 colegas dele para a cadeia, além de dois servidores públicos da Justiça e da área de segurança pública.
A suspeita envolve o apoio à facção criminosa, inclusive para planos de atentados a autoridades policiais e do judiciário.
O advogado Flavio de Oliveira Moraes, que representa Ghizzi, informou que vai aguardar a publicação do acórdão, espécie de resumo da decisão dos desembargadores, para definir a estratégia. De antemão, informou que vai recorrer para tentar colocar o cliente em liberdade.