"Sintonia dos Gravatas": advogado preso alega constrangimento ilegal mas tem HC negado 1a351g
Peça-chave da operação "Sintonia dos Gravatas", Bruno Ghizzi foi transferido para cela normal após incêndio em ala especial 5q2j62
O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou liminar em habeas corpus pedido no fim da semana ada pela defesa do advogado Bruno Ghizzi, 30 anos, que está na cadeia desde 25 de março, por envolvimento com a máfia que atua dentro e fora dos presídios de Mato Grosso do Sul. O preso foi transferido para o presídio fechado da Gameleira II, em Campo Grande, após princípio de incêndio no alojamento onde estava, na ala especial dos advogados do presídio militar, no Jardim Noroeste, em Campo Grande.
A defesa alegou que, ao ser transferido para uma cela comum, ele sofreu constrangimento ilegal, por não ser o tipo de instalação adequada a advogados, que tem direito a “sala de estado maior”. O desembargador Marco André Hanson, porém, entendeu que diante das circunstâncias, a transferência atende a necessidade, pois Ghizzi está sozinho, separado da massa carcerária.

Segundo o pedido da defesa, Bruno Ghizzi “possui problemas de saúde e faz uso de medicamento controlado, prescrito por psiquiatra”. O advogado também pediu que seu cliente e por consulta com um especialista no presídio.
“Em atendimentos realizados por este advogado, foi constatados que existe a possibilidade de uso moderado ou inadequado da medicação, inclusive com relatos de comportamentos e raciocínios desconexos, sugerindo a possibilidade de que ‘surtos’ possam ter ocorridos durante a custódia”, afirmou no pedido.
“Diante da notícia de risco de incêndio na Sala de Estado Maior, não se mostra prudente, até em preservação da integridade física do paciente, alterar sua situação em sede liminar, sobretudo quando assistido pela Ordem dos Advogados do Brasil para que haja o cumprimento das garantias que lhe são devidas pelo Estatuto do OAB, sem qualquer demonstração de que não estejam sendo observadas”, escreve o magistrado.
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Bruno estava na ala específica para profissionais do Direito, no presídio militar antes do alojamento onde estava sofrer um princípio de incêndio. O fogo atingiu o teto de pvc do alojamento, onde ficam duas lâmpadas. A suspeita em investigação é de que o fogo foi provocado pelo próprio preso.
Sobre o caso de Bruno Ghizzi, a OAB havia informado não se manifestar a respeito, por estar conduzindo um procedimento em sigilo a respeito das suspeitas sobre o advogado.
Operação Courrier 6p4727
Peça-chave na operação Courrier, Bruno Ghizzi foi preso em 25 de março, quando a operação foi para as ruas, e levou mais 3 colegas dele para a cadeia, além de dois servidores públicos da Justiça e da área de segurança pública.
A suspeita envolve o apoio à facção criminosa, inclusive para planos de atentados a autoridades policiais e do judiciário.