PM preso suspeito de matar mulher tem júri por tentativa de homicídio adiado 5c6f2x

Julgamento de Ricker Maximiliano de Moraes, PM que responde por tentativa de homicídio, é adiado para julho 5p5m6s

O julgamento do policial militar Ricker Maximiliano de Moraes, acusado de tentativa de homicídio contra um adolescente jogador de futebol em 2018, foi adiado por conta de um conflito na tese de defesa. O júri, que estava marcado para esta quarta-feira (28), foi redesignado para o próximo 8 de julho.

O júri do policial militar foi adiado após o próprio réu pedir a troca de advogado. Até então, a defesa de Ricker estava sendo feita por advogados da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso (ACS-MT). No entanto, durante a audiência, Ricker solicitou que a defesa fosse assumida pelo mesmo advogado que atua no caso em que ele é acusado de matar a esposa.

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PM preso por morte da mulher chama feminicídio de ‘fatalidade’ durante interrogatório. (Foto: Reprodução)

Segundo o promotor de Justiça Jacques de Barros Lopes, a defesa técnica reconhecia a autoria e a materialidade do crime, no caso do adolescente, mas Ricker se recusava a confessar a tentativa homicídio, o que gerou o ime.

— A defesa técnica dizia que havia um conflito de tese, porque reconhecia o crime, queria que ele confessasse, mas ele se negava a fazê-lo. Diante disso, a defesa foi desconstituída e foi necessário remarcar o júri, explicou o promotor.

O caso remonta a 2018, quando o PM teria atirado contra um adolescente de 17 anos, que era jogador de futebol, em uma rua de Cuiabá. Segundo o Ministério Público, o crime teria sido motivado por uma suspeita infundada: o policial acreditava que o jovem e os amigos, por serem negros e pobres, seriam criminosos.

— Ele tentava, a todo momento, enquadrar os jovens como bandidos, porque, na cabeça dele, eram jovens com aparência de criminosos. Na verdade, eram apenas jovens pobres, negros, de camiseta, chinelo e boné, caminhando por uma rua da cidade, relatou o promotor.

O julgamento de Ricker aconteceria um dia antes do assassinato da esposa, Gabrieli Daniel de Moraes, de 31 anos, morta a tiros pelo policial no último sábado (25). Ela seria testemunha no caso da tentativa de homicídio.

Após o feminicídio, o policial fugiu com a filha do casal e se apresentou na delegacia no dia seguinte. A Justiça decretou sua prisão preventiva, destacando a periculosidade do réu, o risco à sociedade e à instrução criminal.

O policial militar Ricker Maximiano de Moraes, de 35 anos, é suspeito de matar a esposa a tiros, Gabrieli Daniel de Moraes, de 31 anos. (Foto: Reprodução)
O policial militar Ricker Maximiano de Moraes, de 35 anos, é suspeito de matar a esposa a tiros. (Foto: Reprodução)

Entenda o caso 566u43

De acordo com a polícia, equipes foram acionadas após vizinhos ouvirem barulho de tiros vindo da residência do casal, no bairro Praeirinho, em Cuiabá. Em seguida, visualizaram o homem, que estava fardado, deixando o imóvel carregando crianças.

Os moradores acionaram a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), relatando os disparos e o desespero ao verem o policial saindo armado do local. A irmã da vítima chegou à residência pouco tempo depois da tragédia.

Equipes da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e do Instituto Médico Legal (IML) estiveram no local.

Após o crime, Ricker deixou os dois filhos pequenos do casal na casa dos avós antes de fugir. As crianças têm 3 e 5 anos. Ele se entregou horas após o assassinato.

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