Piloto preso em MS com avião do tráfico é condenado a 11 anos 1r2g4q
Na época, André Luiz tentou fugir do flagrante e levantou voo antes de carregar a aeronave com droga; dono do avião também foi condenado 82k18
O piloto preso em Fátima do Sul, a 225 km de Campo Grande, com avião usado para o transporte de drogas, foi condenado a 11 anos e um mês de prisão pela Justiça Federal de Mato Grosso do Sul. O homem foi interceptado pela Força Aérea Brasileira, em 10 de dezembro do ano ado e sequer tinha licença para voar.
O dono da aeronave também julgado e condenado.

Na época, equipes da delegacia de Fátima do Sul e do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) participaram da ação.
André Luiz Arruda Acosta pilotava uma aeronave de prefixo PT-WKR e parou em uma fazenda no Paraguai para carregar aproximadamente 300 quilos de cocaína. A droga seria levada para São Paulo.
Antes disso, ele foi avisado de que a polícia já sabia do esquema e, por isso, levantou voo. Apesar da tentativa de fuga, o avião foi interceptado.
Agora, quase um ano depois, foi condenado. A decisão é do juiz federal Fábio Fisher.
“As provas não deixam dúvidas acerca da autoria e materialidade do crime de atentado contra a segurança de transporte aéreo e que os réus mantinham vínculo sólido, estável e de caráter permanente para a inserção, em território nacional, de drogas trazidas ao país via modal aéreo”, ressaltou o juiz.
A aeronave ainda estava suspensa para voos e os instrumentos de localização e monitoramento permaneciam desligados durante o voo, situações que colocavam em risco a segurança do transporte aéreo.
“Ao decidir alçar voo com a aeronave nestas condições, o réu assumiu o risco de produzir o resultado danoso, bem como decidiu expor a risco a coletividade e sua própria vida”.
Durante as investigações, foi descoberto ainda que o nome que constava no registro não era o do dono da aeronave. Também foram encontradas transferências bancárias para o pagamento do avião, com titulares diferentes e sem origem comprovada.
“As conversas de seu celular revelaram que o acusado não só negociava e mantinha aeronaves utilizadas para o tráfico de drogas, como também atuava na cooptação de pilotos para o transporte de drogas no modal aéreo, realizava pagamentos, organizava a logística das viagens, entre outras atividades”, destacou Fábio Fisher.
Pelo crime, o dono do avião foi condenado a 8 anos e dois meses de reclusão.