O que mãe e padrasto de Sophia dizem para tentar escapar do júri 5u2s46
Ambas as defesas apresentaram contrarrazões no último dia 26, data em que a morte da criança completou um ano 4i6h8
As defesas dos presos pela morte de Sophia Ocampo, mãe e padrasto da menina, Stephanie de Jesus e Christian Campoçano, apresentaram contrarrazões em que pedem anulação de provas, alegam inocência de ambos e querem as respectivas solturas.

Ingressada no dia em que a morte da pequena completou um ano, na última sexta-feira (26), a peça tecida pela defesa de Stephanie quer que o inquérito policial seja invalidado sob argumento de que tanto a Polícia Civil quanto o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso Sul) não tiveram interesse em investigar a fundo a postura violenta do então companheiro.
Também sustenta que não ficou provado haver “qualquer conduta por parte da acusada Stephanie que desse ensejo à tortura/morte de sua pequena e amada filha, sendo certo que a acusação deixa de ‘separar o joio do trigo’, colocando os institutos da ação e omissão imprópria como se fossem a mesma coisa”.
Além disso, solicita que o conteúdo extraído do celular da cliente seja desconsiderado, uma vez que o aparelho ficou “muito tempo” nas mãos dos policiais, podendo as mensagens terem sofrido adulteração.
Por fim, a defesa alega que o cumprimento de mandado de busca e apreensão foi feito sem autorização judicial. Já os advogados de Christian pedem novamente que o depoimento de Cybelle Amaral, amiga da ex-mulher, seja anulado.
Alega também que não ficou comprovada a autoria do crime, “seja por depoimento das testemunhas ou do próprio acusado em, de fato, participar do intento criminoso”. Assim como feito nas argumentações finais já apresentadas e negadas pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, de novo pedem que o crime de estupro seja desconsiderado.
Para isso, dizem que ficou comprovado em perícia que a morte da criança, à época com dois anos e sete meses, não ocorreu no mesmo dia em que houve a violência sexual, já que ficou atestada “a existência de hiperemia vulvar, rompimento himenal antigo” e o material genético encontrado na cama do casal pertencente a outro homem.
Por fim pedem a exclusão da qualificadora do motivo fútil e meio cruel, “vez que não fora comprovada pelo órgão acusador qual a conduta praticada pelo acusado, muito menos o dolo para incidência das qualificadoras, insistindo com pretensão condenatória genérica sem individualizar as ações dos envolvidos”.
Até que o magistrado analise novamente as peças e decida, o julgamento antes marcado para março segue retirado de pauta. Sophia foi morreu no dia 26 de janeiro de 2023 após ser submetido a forte violência. Desde então mãe e padrasto estão presos.