Madrasta é condenada a mais de 26 anos de prisão por envenenamento de enteada em MT 4z3h17

Jaira Goncalves de Arruda Oliveira foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão em regime fechado pelo envenenamento de sua enteada, Mirella Poliane Chue de Oliveira, de 11 anos, em 2019. O julgamento no Fórum de Cuiabá foi iniciado na manhã de quinta-feira (9) e encerrado na tarde desta sexta-feira (10). Nos dois […] 1r683

Jaira Goncalves de Arruda Oliveira foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão em regime fechado pelo envenenamento de sua enteada, Mirella Poliane Chue de Oliveira, de 11 anos, em 2019.

O julgamento no Fórum de Cuiabá foi iniciado na manhã de quinta-feira (9) e encerrado na tarde desta sexta-feira (10).

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Mirella Poliane Chue de Oliveira morreu aos de 11 anos, por envenenamento. (Foto: Reprodução)

Nos dois dias de julgamento, o júri ouviu várias testemunhas, como o pai de Mirella, a avó da menina, profissionais da saúde que lidaram com a vítima e a própria acusada, Jaira.

Após as versões, réplicas e tréplica, o conselho de sentença se reuniu e decidiu que Jaira é culpada pelo envenenamento.

A juíza Mônica Catarina Perri Siqueira leu a sentença, definida em 26 anos e oito meses de reclusão em regime fechado e pagamento das custas processuais.

O envenenamento 6x5e6a

Mirella morreu em 14 de junho de 2019, após ser internada em um hospital particular da capital. Por meio de exames, foram detectadas duas substâncias no sangue da vítima: uma delas veneno que provoca intoxicação crônica ou aguda e a morte.

O processo com mais de 3 mil páginas reúne depoimentos de dezenas de testemunhas, laudos e relatórios de perícias. De acordo com a denúncia, a madrasta levou Mirella 12 vezes a hospitais no período em que colocava veneno na comida dela, mas sempre em hospitais diferentes para não levantar suspeitas, até que a menina teve uma parada cardíaca e morreu.

Para a polícia, Jaira queria ter o a R$ 800 mil que a menina recebeu de um hospital como indenização pela morte da mãe dela durante o parto. Mirella só teria o aos valores quando completasse 18 anos.

Jaira está presa desde setembro 2019 na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto, em Cuiabá.

Processo de envenenamento 2r4h1d

Todas as vezes que a menina ava mal era levada ao hospital, onde ficava internada de três a sete dias e, depois, melhorava. Ao retornar para casa, ela voltava a adoecer.

Foram, ao todo, nove internações em dois meses. Ela recebia diagnósticos de infecção, pneumonia e até meningite. Na última vez em que foi parar no hospital, a menina já chegou morta. O hospital não quis declarar o óbito, mas suspeitava ser meningite.

Na ocasião, foi acionada a DHPP (Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa), que diante de falta de evidências sobre morte violenta, requisitou vários exames por precaução. Em um deles, foi detectada a substância venenosa no sangue da menina.

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Jaira Goncalves de Arruda Oliveira foi condenada 26 anos de prisão por envenenar a enteada. (Foto: Polícia Civil/MT)

Motivação do envenenamento 33i1t

A vítima tinha direito a uma indenização pela morte da mãe durante o parto, por erro médico em um hospital particular da capital. A ação foi movida pelos avós maternos da criança. Em 2019, após 10 anos, o processo foi encerrado, e o hospital foi condenado a pagar uma indenização no valor de R$ 800 mil à família.

Parte do dinheiro ficaria depositada em uma conta para a menina movimentar na idade adulta. A Justiça autorizou que fosse usada uma pequena parte desse fundo para despesas da criança, mas a maior quantia só poderia ser ada aos 24 anos. O dinheiro começou a ser pago em 2019.

Até 2018, a menina era criada pelos avós paternos. Em 2017, a avó morreu e, no ano seguinte, o avô também faleceu. Então, a garota ou a ser criada pelo pai e pela madrasta. A partir daí, a mulher deu início ao plano de matar a criança para ficar com a indenização, segundo as investigações.

A suspeita foi ouvida após a morte da menina e disse que convivia com o pai da vítima desde que ela tinha 2 anos de idade e que se considerava mãe dela.

Jaira declarou que a enteada começou a ficar doente em 17 de abril de 2019, apresentando dor de cabeça, tontura, dor na barriga e vômito.

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