Adolescente que confessou ter matado enteado de 4 anos é solta após entrar em contradição 3l371o
Jefferson Miguel foi morto com duas perfurações de faca na tarde de sexta-feira (24) 2v168
A adolescente de 14 anos, que confessou em depoimento à Polícia Civil ter matado o enteado Jefferson Miguel Almeida, de 4 anos, foi solta nesta segunda-feira (27), três dias depois do crime. A investigação aponta contradições entre as provas encontradas e as três versões apresentadas pela menor.

Jefferson Miguel foi morto com duas perfurações de faca na tarde de sexta-feira (24). A adolescente, de 14 anos, seria sua madrasta. O caso foi registrado no Distrito de Entre Rios, em Nova Ubiratã, a 506 km de Cuiabá.
A adolescente foi apreendida ainda na sexta e ouvida no sábado (25). A Polícia Civil informou que a adolescente apresentou três versões enquanto era conduzida à delegacia.
Antes de itir o crime, ela afirmou que um homem tentou cometer violência sexual contra ela e matou o menino. Depois, disse que Jefferson teria cometido suicídio e, ao ser questionada novamente, confessou o crime e contou que matou a criança por ela ser “muito arteira”.
A reportagem apurou que as investigações, da Polícia Civil, e as provas encontradas até o momento não condizem com nenhuma versão apresentada. O caso é investigado e tramita na Justiça sob sigilo por envolver menores de idade.
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O caso 214q29
O cabo da Polícia Militar Alexandre Souza Ferreira, que atendeu a ocorrência no local, contou que a adolescente estava sozinha na casa com o enteado no momento que a criança foi esfaqueada.
O boletim diz ainda que a criança tinha duas perfurações de faca pelo corpo, uma no peito e outra no braço.
O menino chegou a ser atendido. A enfermeira da unidade de saúde de Entre Rios realizou manobras para tentar salvar a criança, mas sem sucesso. O garoto morreu nos braços da avó dentro da ambulância da Prefeitura de Nova Ubiratã.
Segundo o policial que atendeu a ocorrência, o pai trabalha em uma fazenda distante do distrito e estava fora há cerca de três dias.
O pai de Jefferson, segundo o policial, é separado da mãe biológica e tinha a guarda do menino.