Filho de ex-deputado que matou casal volta a ser preso após pedido do MP 6l522n

Entre as denúncias, em uma das ‘saídas’, o réu teria ido até um supermercado da capital cercado por seguranças 28u1b

O filho do ex-deputado federal Carlos Bezerra, Carlos Alberto Gomes Bezerra, de 58 anos, voltou a cumprir a pena em regime fechado após ação do MPE (Ministério Público Estadual). A decisão é da juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa e foi proferida nesta quarta-feira (28).

Prisão De Carlinhos Bezerra (Vídeo: TV Centro América)

Ele responde pelo feminicídio qualificado da ex-namorada Thays Machado e homicídio qualificado de Willian Cesar Moreno, que namorava Thays na época do crime. O caso foi registrado em 18 de janeiro de 2023, em Cuiabá.

A defesa de Carlos Alberto afirmou que vai ingressar com pedido de habeas corpus para reverter a volta dele para a prisão.

O MP alegou que ele fez diversos deslocamentos não autorizados, incluindo uma ida ao mercado.

Entre as denúncias, em uma das ‘saídas’, o réu teria ido até um supermercado da capital cercado por seguranças. Na avaliação do MP, encaminhado em requerimento, a ação representa “uma afronta à justiça e à sociedade, e uma ameaça aos familiares e testemunhas do processo”.

“Observa-se, então, pelo conjunto probatório acostado aos autos, que o comportamento do requerido, desrespeitando a cautelar de recolhimento domiciliar, externa seu completo desprezo pelas decisões deste Juízo, demonstrando que as medidas cautelares deferidas, são inócuas para conter seu espírito transgressor”, afirmou a magistrada.

A juíza cita ainda na decisão que “a sensação de impunidade que o denunciado ostentou possuir, praticando crimes bárbaros (um feminicídio e um homicídio qualificado), em plena tarde de um dia de semana, perto de uma avenida movimentada, na porta de prédio residencial no qual reside a mãe de uma das vítimas, desferindo diversos tiros que, inclusive, poderiam ter atingidos outras pessoas, além da demonstração de desprezo pela vida das vítimas e descumprindo as medidas cautelares impostas pelo juízo. Tais motivos servem como sustentáculo para que seja aplicada medida cautelar mais severa”.

Prisão 316e41

Carlos Alberto foi preso em flagrante na noite de 18 de janeiro, em uma fazenda na região do município de Campo Verde, a 139 km de Cuiabá.

Prisão De Carlinhos Bezerra (Vídeo: TV Centro América)

Em 18 de novembro, a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça conecedeu o benefício de prisão domiciliar, após a defesa do réu alegar que ele tem problemas de saúde e, por isso, a necessidade do tratamento realizado em casa. Os advogados destacaram ainda que Carlinhos estaria com a saúde mental debilitada.

Descumprimento 3g2t2z

Conforme o MP, Carlinhos, como é conhecido, teria que cumprir algumas medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica e apresentação de relatório médico circunstanciado, a ser fornecido, no prazo de 90 dias, com detalhamento da evolução do quadro clínico, para reavaliação da continuidade da medida. Ele ainda terá que permanecer em sua casa, localizada em Cuiabá, 24 horas por dia, sem qualquer exceção para dela se ausentar, salvo por autorização judicial expressa.

Pedido do MP 1z5b4h

Prisão De Carlinhos Bezerra (Vídeo: TV Centro América)

No pedido do MP, o promotor Jaime Romaquelli, define o laudo médico apresentado pela defesa de Carlos como de “confiança duvidosa”, já que os exames não dizem respeito à condição médica do acusado antes do crime e nem sobre o quadro de diabetes alegada.

A defesa apresentou na terça-feira (20) um documento que pedia a prorrogação da prisão domiciliar para realização de cirurgia de cataratas.

Na petição, o promotor sustenta que a permanência de Bezerra na prisão em regime fechado não trará nenhum prejuízo ao tratamento do réu, pois, conforme exposto no laudo juntado pela defesa, há necessidade apenas da realização de mais exames e consultas.

“Além da cirurgia de cataratas, o que pode ser feito com o agendamento por parentes e acompanhamento por agentes do sistema prisional”, diz trecho da fala do promotor.

Além do pedido para revogar a prisão domiciliar, o promotor pede que seja mantida a prisão preventiva do acusado, concedida desde janeiro de 2023.

Como justificativa, Jaime relembra o elevado número de casos de feminicídio registrados em Mato Grosso e diz que medidas como a prisão preventiva ajudam a desencorajar os autores desse tipo de crime.

Nesse domingo (25), o MP pediu à Justiça a revogação da prisão domiciliar do réu Carlos Alberto Gomes Bezerra, após denúncias de que o ele fez diversos deslocamentos não autorizados, incluindo uma ida ao mercado.

Entre as denúncias, em uma das ‘saídas’, o réu teria ido até um supermercado da capital cercado por seguranças. Na avaliação do MP, encaminhado em requerimento, a ação representa “uma afronta à justiça e à sociedade, e uma ameaça aos familiares e testemunhas do processo”.

O crime 36r6y

Thays havia feito um boletim de ocorrência contra Carlos e, segundo a polícia, o crime ocorreu quando ela estava no prédio para devolver o carro que havia emprestado da mãe usado para buscar o namorado no aeroporto.

Thays e Willian mortos por Carlos Alberto Gomes Bezerra (reprodução)
Thays e Willian mortos por Carlos Alberto Gomes Bezerra, que confessou o crime. (Foto: Reprodução).

Câmeras de segurança registraram as vítimas caminhando juntas momentos antes de serem assassinadas. Conforme o delegado Marcel, o acusado premeditou o assassinato e agiu por ciúmes, sendo motivado pela “emoção de vê-la se relacionando com outro homem”.

Durante as investigações, familiares de Thays foram ouvidos e afirmaram que o suspeito era “extremamente ciumento e possessivo”. Ele e a vítima mantinham um relacionamento há alguns anos, entre idas e vindas. O término mais recente teria ocorrido há cerca de 45 dias.

A polícia descobriu que Thays Machado era monitorada pelo ex-namorado por meio de uma ‘central de controle’, com informações detalhadas do dia a dia da vítima. Na casa do investigado, foram encontrados 71 capturas de tela de localizações dos lugares que a mulher frequentava. Carlos fazia o no celular dele e, depois, imprimia a geolocalização. O investigado instalou os programas quando ainda se relacionava com a vítima.

Os investigadores encontraram ainda um caderno onde tinha as anotações com datas e locais que os aparelhos foram instalados. Assim, ele poderia saber até quanto tempo de bateria duraria os aparelhos de monitoramento.

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