Fiança de R$ 10 mil: advogada e namorado presos por agressão a mulheres são soltos 2d5ds
Advogada e namorado foram liberados após audiência de custódia mediante pagamento de fiança de R$ 5 mil para cada e cumprimento de medidas cautelares. 626z5g
A advogada Daline Bueno Fernandes, de 36 anos, e o namorado Rafael Moreira da Silva, de 39, foram soltos nesse domingo (18) após arem por audiência de custódia em Sinop, a 503 km de Cuiabá. Eles haviam sido presos em flagrante no sábado (17), suspeitos de invadir a casa da ex-cunhada de Daline e agredir três mulheres, incluindo duas irmãs da vítima.
A liberdade provisória foi concedida mediante o pagamento de fiança de R$ 5.054,94 para cada um, somando mais de R$ 10 mil, e o cumprimento de medidas cautelares. Entre as determinações da Justiça, estão:
- Comparecimento mensal ao juízo para justificar atividades;
- Proibição de deixar a comarca sem autorização;
- Proibição de manter contato com as vítimas ou frequentar os mesmos locais.
Durante o ataque, registrado no bairro Aquarela das Artes, uma das vítimas foi deixada nua após ter o vestido rasgado, e a advogada tentou usar cacos de vidro para agredir outra mulher. As vítimas afirmaram que Daline dizia, repetidamente, que mataria todas. Testemunhas relataram que o casal só deixou o local após intervenção de uma funcionária, mas antes ameaçou voltar e “matar todos, inclusive crianças”.
A motivação do crime teria sido um desentendimento após a descoberta de uma traição. Luiza Kopietz Kuibida, advogada e ex-cunhada de Daline, havia encontrado o então marido na casa da agressora poucas horas antes da invasão.
A prisão foi registrada pelo delegado Thiago Marques Berger. Por exercer a advocacia, Daline permaneceu detida em cela separada na delegacia, já que a unidade prisional feminina de Colíder está interditada.
A 6ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT ) em Sinop afirmou, em nota, que acompanha o caso envolvendo Daline e outra advogada vinculada à entidade, ressaltando que ambas não estavam no exercício da profissão no momento dos fatos, que pertencem à esfera da vida privada.
A subseção informou que acompanhou a condução do procedimento policial e a audiência de custódia, com o objetivo de garantir o contraditório, a ampla defesa e as prerrogativas das envolvidas. Disse ainda confiar nas autoridades para a apuração do caso.
