Ex-procurador da ALMT que matou homem em situação de rua é denunciado pelo MP 576p1q
Ney Müller Alves Pereira foi morto a tiros pelo ex-procurador em uma avenida de Cuiabá no dia 9 de abril. 6u1p2m
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) denunciou o ex-procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Luiz Eduardo Figueiredo Rocha Silva, por homicídio qualificado.
A denúncia, protocolada na 12ª Vara Criminal da Capital, acusa Luiz Eduardo Figueiredo de matar Ney Müller Alves Pereira – um homem com esquizofrenia e que vivia em situação de rua -, por motivo torpe (fútil) e utilizando recurso (arma) que dificultou a defesa da vítima.

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Segundo o inquérito policial, o crime ocorreu no dia 09 de abril de 2025, por volta das 21h, na Avenida Edgar Vieira, no bairro Boa Esperança, na proximidades da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
O Ministério Público argumenta que o homicídio foi motivado por vingança, considerando a vulnerabilidade social da vítima, e que o crime foi praticado de forma que impossibilitou a defesa da vítima.
Motivação 3y6s1d
A investigação apurou que o veículo de Luiz Eduardo foi danificado em um posto de gasolina, e testemunhas apontaram a vítima, Ney Müller, como o autor do dano.

Após levar seus familiares para casa, o ex-procurador teria saído em busca da vítima, e encontrou ele na avenida Edgar Vieira e efetuando o disparo. Após o crime, se entregou na delegacia.
A arma utilizada foi uma Pistola Taurus calibre .380, de propriedade do ex-procurador, que possuía registro e porte legal.
O Ministério Público também solicitou que a Justiça determine um valor de indenização para os danos materiais e morais sofridos pelos familiares da vítima.
O processo seguirá para o Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá.
Entenda o caso 566u43
O crime ocorreu em uma rua lateral à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Testemunhas relataram que a vítima caminhava nas proximidades da universidade quando o veículo se aproximou.
O motorista teria chamado o homem pelo nome. Ao se aproximar do carro, ele foi atingido com um único tiro na cabeça e caiu na calçada.
Populares acionaram uma equipe médica, mas o óbito foi constatado no local.
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Imagens de câmeras de segurança registraram crime. Veja o vídeo abaixo:
O que diz a defesa 1y122s
A defesa de Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, feita pelo advogado Rodrigo Pouso, argumenta que o crime foi uma fatalidade, resultado de um incidente anterior em um posto de gasolina, onde a vítima teria danificado o carro do ex-procurador.
O advogado enfatiza que seu cliente é uma pessoa de boa índole, com histórico familiar e reputação social, e que se apresentou voluntariamente à polícia, confessando o ocorrido.

A defesa nega que o crime tenha sido uma execução premeditada, alegando que houve um encontro casual entre o ex-procurador e a vítima, e que o disparo foi acidental, atingindo a vítima enquanto ela se abaixava para atacar o carro.
O advogado ressalta que seu cliente possui porte de arma, é trabalhador e está profundamente arrependido, comprometendo-se a cumprir as determinações legais.
O ex-procurador permanece preso preventivamente desde a data do crime.