Ex-dirigentes que mandaram matar advogado são condenados em MT 5f1z3d
Júri reconheceu que crime foi encomendado para ocultar desvios no sindicato; dois réus foram absolvidos 1u506m
O Tribunal do Júri de Cuiabá condenou, nesta terça-feira (3), os ex-dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores de Movimentação de Mercadorias (SINTRAMM), Adinaor Farias da Costa e Joemir Ermenegidio Siqueira, a 29 anos e 4 meses de prisão pelo assassinato do advogado Antônio Padilha de Carvalho, executado a tiros em 2019 enquanto esperava no semáforo da Rua Benedito Camargo, no bairro Jardim Leblon.

A sentença foi proferida pelo juiz Lawrence Pereira Midon, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, após dois dias de julgamento. Os jurados reconheceram que o crime foi motivado por interesses escusos: silenciar denúncias de corrupção e desvio de verbas no sindicato, garantindo a permanência dos ex-dirigentes no poder. O homicídio foi qualificado por motivo torpe, emboscada, e cometido para assegurar a ocultação de outro crime, além de ter como vítima um homem com mais de 60 anos.
Também foi condenado, por falso testemunho, o réu Alisson Tiago de Assis Silva, mas ele foi absolvido da pena pelo Conselho de Sentença. O mesmo ocorreu com sua esposa, Isaimara Oliveira Arcanjo Assis, também acusada de mentir em juízo. Já o réu Rafael de Almeida Saraiva, apontado como intermediário no crime, foi absolvido das acusações de homicídio por ausência de provas quanto à sua participação.
Com a condenação, o juiz determinou o cumprimento imediato da pena pelos dois ex-dirigentes, mantendo a prisão preventiva de ambos, em consonância com entendimento do Supremo Tribunal Federal para execuções provisórias após veredicto do júri.
O caso foi julgado dentro do programa Mais Júri, criado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso para acelerar o julgamento de crimes contra a vida. Até o momento, a iniciativa contabiliza 29 julgamentos na capital, com 18 condenações.