Depois de ter absolvição revogada, agente penitenciário é julgado por matar pedreiro 3x4q5e

Seis testemunhas e o réu devem ser ouvidos nesta terça-feira 2c6e1f

Cinco anos depois da morte do pedreiro Adilson Silva Ferreira dos Santos, de 23 anos, o Tribunal do Júri de Campo Grande julga o agente penitenciário federal Joseilton de Souza Cardoso nesta terça-feira (14). O crime aconteceu em 2017, durante um show no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês.

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O primeiro a prestar depoimento no julgamento foi o primo da vítima (Foto: Thais Libni)

Antes de chegar ao plenário do júri, Joseilton de Souza foi absolvido do crime. Em 2019, depois de ouvir todas as testemunhas e até requisitar um exame de balística para ver se o agente penitenciário federal falava a verdade, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida entendeu que ele agiu para se defender e por isso, o absolveu do homicídio.

Na versão que convenceu o juiz, Adilson começou uma briga com o Joseilton na fila do banheiro. O agente penitenciário estava sozinho e teria sido violentamente agredido. Enquanto estava no chão, sacou a arma e disparou. O pedreiro foi atingido e morreu ainda no local.

Em todas as fases do processo, a defesa do réu, feita pelo advogado José Roberto da Rosa, sempre alegou legitima defesa.

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A decisão não foi “bem recebida” pelo Ministério Público Estadual e pelos advogados que compõem a assistência de acusação em nome da família de Adilson: José Belga Assis Trad e Herika Cristina dos Santos Ratto. Por isso, recorreram ao Tribunal de Justiça para mudar a sentença.

Em uma nova análise do caso, o Tribunal de Justiça entendeu que a decisão sobre a culpa de Joseilton no assassinato era competência dos jurados, por isso, mandou o agente penitenciário ao banco dos réus.

Nesta terça-feira seis testemunhas do crime e o próprio agente penitenciário são mais uma vez ouvidos sobre o dia em que Adilson foi morto a tiros durante uma briga na fila do banheiro do show.

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Márcio Giovane Souza dos Santos é primo de Adilson e estava com ele no dia do show. Nesta terça-feira, ele foi o primeiro a prestar depoimento no plenário do Tribunal do júri.

O rapaz contou que ele e o primo foram pegar uma cerveja e depois aram no banheiro. Joseilton estava encostado na porta e a vítima pediu licença para entrar. O desentendimento começou ali. “O Joseilton desequilibrou e caiu no degrau, segurei meu primo, ele caiu, só ouvi o disparo. Olhei pro meu primo ele estava com o olho aberto, cheio de sangue e o Joseilton com a arma apontada”.

Aos jurados, Márcio lembrou que depois do tiro os seguranças seguraram o agente penitenciário e revoltado com a situação, ele chutou o assassino e gritou que ele tinha matado o primo. “Adilson era um ótimo primo, era um exemplo pra mim, um irmão, nunca vi ele brigando com ninguém, nunca bateu em ninguém, ele ia ser um ótimo pai, era o sonho dele, a mulher dele estava grávida”.

Ao longo da manhã, as outras testemunhas, entre ela o delegado responsável pela investigação, prestam depoimento. De tarde, defesa, Ministério Público e assistência de acusação falam aos jurados sobre os detalhes do caso. A sentença final deve ser definida pelo juiz ainda nesta terça-feira.

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