Defesa cita doenças, mas Justiça nega habeas corpus de Carlinhos Bezerra s144w

Prisão domiciliar foi revogada; defesa alegou que sequer foi chamada para esclarecer as saídas do réu 723k13

A Segunda Câmara Criminal, do TJMT (Tribunal de Justiça de Mato Grosso), negou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Carlos Alberto Gomes Bezerra, filho do ex-deputado Carlos Bezerra (MDB), nessa segunda-feira (4), que pediu novamente a prisão domiciliar. Ele é réu por matar a ex-companheira e o namorado dela.

Durante buscas na casa de Carlos Alberto, investigadores da Polícia Civil encontraram rastreadores. (Foto: Reprodução)
Carlos Alberto foi novamente preso na última semana. (Foto: Reprodução)

Carlinhos, como é conhecido, estava em prisão domiciliar, que foi revogada após pedido do MPMT (Ministério Público de Mato Grosso), que argumentou que o réu fazia saídas sem justificativas. Ele voltou a ser preso na última quarta-feira (28).

À Justiça, a defesa alegou sequer foi chamada para esclarecer as saídas e que elas teriam sido feitas apenas para realização de consultas médicas e exames.

Ao Primeira Página, a defesa informou que vai se manifestar após decisão sobre o mérito do pedido.

Ainda no pedido de HC, o defesa diz que Carlinhos é portador de hipertensão arterial, dislipidemia e diabetes mellitus, além de estar sendo investigada doença coronariana e fazer tratamento de cardiopatia hipertensiva.

No relatório de deslocamentos, que baseou a Justiça para derrubar a decisão de prisão domiciliar, Carlos teria saído de casa, sem autorização, por pelo menos nove vezes.

Relembre o caso 2i634h

Carlos Bezerra responde por feminicídio qualificado contra a ex-namorada Thays Machado e homicídio qualificado de Willian Cesar Moreno, que namorava a vítima na época do crime. O caso foi registrado em 18 de janeiro de 2023, em Cuiabá.

Thays havia feito um boletim de ocorrência contra Carlos e, segundo a polícia, o crime ocorreu quando ela estava no prédio para devolver o carro que havia emprestado da mãe, usado para buscar o namorado no aeroporto.

Câmeras de segurança registraram as vítimas caminhando juntas momentos antes de serem assassinadas. Conforme o delegado Marcel, o acusado premeditou o assassinato e agiu por ciúmes, sendo motivado pela “emoção de vê-la se relacionando com outro homem”.

Durante as investigações, familiares de Thays foram ouvidos e afirmaram que o suspeito era “extremamente ciumento e possessivo”. Ele e a vítima mantinham um relacionamento há alguns anos, entre idas e vindas.

A polícia descobriu que Thays Machado era monitorada pelo ex-namorado por meio de uma ‘central de controle’, com informações detalhadas do dia a dia da vítima. Na casa do investigado, foram encontrados 71 capturas de tela de localizações dos lugares que a mulher frequentava. Carlos fazia o no celular dele e, depois, imprimia a geolocalização. O investigado instalou os programas quando ainda se relacionava com a vítima.

Os investigadores encontraram ainda um caderno onde tinha as anotações com datas e locais que os aparelhos foram instalados. Assim, ele poderia saber até quanto tempo de bateria duraria os aparelhos de monitoramento.

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